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Operação Apneia

Secretários do Recife prestam solidariedade ao secretário de Saúde

Publicado em: 28/05/2020 15:55 | Atualizado em: 28/05/2020 16:09

Jaílson Correia é secretário de Saúde do Recife. (Foto: Bruna Costa/Esp. DP.)
Jaílson Correia é secretário de Saúde do Recife. (Foto: Bruna Costa/Esp. DP.)
Após a deflagração da segunda fase da Operação Apneia, da Polícia Federal (PF), que apura irregularidades na compra emergencial de respiradores pulmonares pela Prefeitura do Recife, 25 secretários de pastas municipais emitiram uma nota de solidariedade ao secretário de Saúde da capital, Jaílson Correia. Na nota conjunta, emitida na tarde desta quinta-feira (28), os gestores afirmam que "Jaílson jamais cometeria uma ilegalidade" e que conhecem sua "seriedade e honestidade".

"Nós, secretários da prefeitura, vimos a público para prestar nosso irrestrito apoio e solidariedade ao colega Jaílson Correia. Médico e cientista que tem sua competência reconhecida pelos recifenses. Conhecemos sua seriedade e honestidade. Jaílson jamais cometeria uma ilegalidade. Seu trabalho e compromisso com o povo já salvou muitas vidas nessa pandemia. Jailson é referência para todos nós como ser humano e como gestor público", diz o texto.

A nota é assinada em conjunto pelos secretários municipais Alberto Rabelo, Ana Paula Lins, Ana Paula Vilaça, Ana Rita Suassuna, André Nunes, Antônio Alexandre, Antônio Júnior, Bernardo D’Almeida, Carlos Eduardo Santos, Fred Oliveira, Glauce Medeiros, Guilherme Calheiros, João Braga, João Guilherme, Jorge Vieira, José Neves Filho, Lêda Alves, Marconi Muzzio, Murilo Cavalcanti, Oscar Barreto, Otávio Calumby, Rafael Figueiredo, Ricardo Dantas, Roberto Gusmão e Rodrigo Farias.

Entenda o caso
A Operação Apneia, da PF junto com a o Ministério Público Federal (MPF) e a Controladoria Geral da União, cumpriu mandados de busca e apreensão e realizou diligências em Pernambuco e em São Paulo. No Recife, a polícia foi a dois locais - a sede da Secretaria de Saúde do Recife, que fica no prédio da prefeitura, no Recife Antigo; e na casa do secretário Jaílson Correia, no Espinheiro, Zona Norte. Na casa do secretário, foi apreendido o celular e documentos

Não houve prisões. Os envolvidos podem responder pelos crimes de dispensa indevida de licitação (Art. 89 da Lei 8.666/93), uso de documento falso (Art. 304 do CPB), além de sonegação fiscal (Art. 1º da lei nº 8.137/93) e previdenciária (Art. 337-A do CPB) e ainda associação criminosa (Art. 288 do CPB), sem prejuízo de outros delitos que venham a ser apurados no decorrer da investigação.

A apuração do caso foi iniciada pelo MPF, decorrentes de de representação do Ministério Público de Contas (MPCO), feita pelo procurador Cristiano Pimentel. A partir de agora, o MPF irá analisar as possíveis evidências colhidas durante a operação policial para, assim, dar sequência à investigação dos aspectos criminais referentes ao caso.

De acordo com o Ministério Público Federal, caso as irregularidades sejam comprovadas, os envolvidos podem responder pelos crimes de dispensa indevida de licitação, uso de documento falso, sonegação fiscal e previdenciária, bem como por associação criminosa e peculato.
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