Os principais usuários do serviço eram estudantes e trabalhadores. Atualmente, quem mais usa o Bike Pe são pessoas que trabalham com entrega por aplicativo, cuja oferta cresceu em meio à pandemia da Covid-19. Nas ruas, é cada vez mais raro ver as “laranjinhas” em uso.
O dado se refere ao período de 16 de março, dois dias depois do primeiro decreto do estado limitando atividades da população em virtude da pandemia, até esta quinta-feira (16). “A recomendação do estado é ficar em casa. Então, já que se trata de uma política pública, é preciso ser coerente com essa recomendação. Trata-se de um equipamento compartilhado e por mais que o usuário tome cuidado para lavar as mãos antes e depois, haveria uma certa apreensão no uso”, pontuou Rachel Pontes, secretária executiva de Desenvolvimento Urbano. Inclusive, o estado determinou a suspensão da gratuidade do uso para estudantes se deslocarem às unidades de ensino até que a situação volte à normalidade.
O estado tem uma cooperação técnica com a empresa Tembici, que opera o serviço com patrocínio do Itaú Unibanco. Antes da epidemia, havia uma previsão de aumentar o número de estações no primeiro ano de vigência do contrato, renovado em março deste ano. Seriam dez novas estações, com mais cem bicicletas, para se juntarem as 80 estações existentes e 800 bicicletas, no Recife, em Olinda e Jaboatão dos Guararapes. Diante do atual quadro em todo o mundo, a ideia está suspensa. O contrato não prevê gastos por parte do governo do estado, nem qualquer ganho.
Em meio à pandemia, a Tembici fechou um acordo com a Prefeitura de Olinda para estimular o uso das bicicletas por parte de funcionários públicos de serviços considerados essenciais no município. O meio de transporte é considerado mais saudável e mais adequado ao combate à propagação do coronavírus. Desde o dia 6, eles poderão usar as “laranjinhas” sem custo. Os servidores municipais interessados devem acessar o app ou site do Bike Itaú para realizar o cadastro e incluir o código que será fornecido pela Prefeitura de Olinda.
“Desde o começo da pandemia, foram reforçados os procedimentos de higienização das bicicletas e estações em todas as cidades, inclusive nos sistemas de outros países da América Latina, como Chile e Argentina. Além da rotina de limpeza padrão, todos os dias as bikes também são lavadas ainda no centro de operações com cloro diluído em água e nas estações cada bicicleta é higienizada com álcool 70%”, disse Nicole.