Vida Urbana

Fábrica de álcool irregular é interditada em Paulista

Fábrica não tinha autorizações da Anvisa e da Prefeitura de Paulista.

A história chegou até as autoridades por meio de denúncias. “Um dos denunciantes comprou em uma farmácia e achou estranha a viscosidade do álcool. Disse que tentou tocar fogo, para ver se pegava, e não pegou”, conta o coordenador de fiscalização do Procon de Paulista, Edi Cordeiro. Diante das queixas, equipes do Prefeitura de Paulista, do 17º Batalhão da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros foram até o estabelecimento verificar o caso.

O proprietário do local alegou que já tinha solicitado as licenças para funcionar, mas a fiscalização não encontrou nada que comprovasse isso. “Ele disse que vendia como álcool líquido comum e álcool de queima, para restaurantes. Negou que vendeu para farmácias, mas como a gente já encontrou o produto em farmácias e há muitas denúncias, não tem como garantir que não revendia”, explica a coordenadora da Vigilância Sanitária de Paulista, Edleuza Maria de Jesus.

Orientação da Apevisa é descartar o material.

“O local foi interditado de imediato e, depois, será emitida uma multa. O dono também irá responder a todas as penalidades previstas na legislação”, acrescenta Edleuza. A PM levou o dono e os funcionários para prestarem esclarecimentos na Delegacia de Paulista. 

O gerente-geral da Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), Maryson Bezerra, alerta a população para tomar cuidado com possíveis fraudes. “Temos informações de que esse produto estava sendo vendido em todo o território. A empresa não tem controle de qualidade, não tem boas práticas de fabricação. O produto pode ser danoso e quem adquiriu, deve descartá-lo”, adverte. Lojas que adquiriram o material para revenda podem, eventualmente, serem penalizadas.

“É difícil o consumidor identificar se um álcool é falsificado ou não. A rotulagem é muito atrativa e dá uma sensação que é verdadeiro. Na dúvida, faça uma consulta do nome da empresa no site da Anvisa ou da Vigilância Sanitária do seu município”, recomenda Maryson.

A reportagem tentou conversar com o proprietário da fábrica, que não quis se pronunciar. Também tentamos contato com o advogado do homem, Jorge Gustavo, mas até a publicação desta reportagem, não obtivemos retorno. O espaço segue aberto para posterior manifestação.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco
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