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Saiba como se proteger e quais são as pessoas mais vulneráveis ao novo coronavírus

Publicado em: 26/02/2020 17:02 | Atualizado em: 26/02/2020 17:05

 (Foto: STR / AFP)
Foto: STR / AFP

Diante da confirmação do primeiro caso de coronavírus no Brasil, e das suspeitas recentes na Paraíba e em Pernambuco, o Ministério da Saúde e a Secretarias Estaduais de Saúde estão reforçando junto à população quais os cuidados que devem ser tomados. Antes de qualquer motivação para pânico, não há orientação para que todas as pessoas passem a usar máscaras ou para o cancelamento efetivo de viagens para países com transmissão ativa da doença, como a Itália. 

O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus. Entre as medidas estão: lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os cinco momentos de higienização; se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool; evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas; evitar contato próximo com pessoas doentes; ficar em casa quando estiver doente; cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo; limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com freqüência; profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (mascára cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

"Não é preciso entrar em pânico. Casos como esses ocorrem de tempos em tempos e a tendência é de eles arrefecerem depois de certo tempo. Em 2002/2003, tivemos o caso da SARS. Depois, em 2012, o vírus MERS foi detectado pela primeira vez no Oriente Médio. O que acontece é que com esse coronavírus novo, que sofreu uma mutação, a gente ainda não tem muita esperiência. O que se sabe é que ele está se propagando com muita velocidade, mas com uma taxa de letalidade bem mais baixa do que os outros dois que citei", explicou o epidemiologista e presidente do Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Centros de Saúde, Laboratórios de Pesquisa e de Análise Clínica do Estado de Pernambuco (Sindhospe), George Trigueiro.  

A preocupação maior, no momento, são com os idosos, pessoas imunodeprimidas e com comorbidades (outras doenças associadas), que estão sendo consideradas grupos de risco para agravamento dos quadros de coronavírus. "A recomendação principal para evitar a transmissão é seguir a chamada etiqueta respiratória. As pessoas que estiverem com alguma tosse, febre alta, dor de garganta, devem evitar aglomeração e buscar os serviços de saúde", complementou. 

As recomendações são as mesmas já divulgadas, mesmo antes da confirmação dos casos de coronavírus no Brasil. "Não há medidas para restrição de viagens. A partir do momento em que há áreas em alerta de transmissão, existe o risco inerente, mas não há bloqueios para a ida a esses locais. O risco e o benefício devem ser ponderados por cada pessoa. Se for algo inadiável, o recomendado é adotar as medidas de proteção", explicou o médico infectologista do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Real Hospital Português, Tiago Ferraz. 

Segundo ele, o que cham atenção no novo coronavírus é a possibilidade de transmissão por uma pessoa sem sintomas, o que está dificultando as ações de bloqueio. "O período de incubação, entre a infecção e o desenvolvimento dos sintomas, é de cerca de 5 dias, podendo chegar a 14. O período de capacidade de transmissão de uma pessoa para outra é de sete dias. Há pessoas, contudo, que podem chegar a 21 dias com o vírus no organismo", acrescentou. 
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