Vida Urbana

Projeto Hippocampus reabre após ajuda emergencial, mas ainda busca parceiro


O projeto Hippocampus reabriu após receber ajuda emergencial de empresários. Ainda sem patrocinador, nem apoio fixo da Prefeitura de Ipojuca, a sede da entidade, localizada na praia de Porto de Galinhas, no Litoral Sul do estado, estava fechada há duas semanas por falta de energia. A unidade atua na preservação de cavalo-marinho, espécie ameaçada de extinção. Mesmo aberto ao público, alguns trabalhos de pesquisas não estão sendo realizados e o futuro do projeto continua incerto.

O Hippocampus acumula uma dívida de R$ 20 mil com a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) e no dia 22 de janeiro a energia foi cortada. Após o apelo feito para manter as espécies vivas e continuar com o serviço de salvaguarda, um gerador foi cedido pela Concessionária Rota do Atlântico a partir da mobilização em conjunto com a administração de Suape para religar a oxigenação dos aquários.

A solução teve caráter apenas emergencial para manter a vida dos peixes e cavalos-marinhos. Mas o apoio deve abrir portas para novas parceirias. "Resolvemos apenas a situação de curto prazo. Vamos ajudar na formação de uma rede de apoio para soluções de curto, médio e longo prazos, por meio de parcerias. Além disso, Suape tem planejadas para esse ano, por meio da Diretoria de Meio Ambiente e Sustentabilidade, ações da chamada Agenda Azul, que contempla os ambientes marinhos e estuarinos, com apoio à pesquisa e educação ambiental, e o Projeto Hippocampus tem foco principalmente em uma espécie ameaçada e tem tudo a ver com essa Agenda", comentou o diretor de Planejamento e Gestão de Suape, Francisco Martins.

Após uma reunião, a Prefeitura de Ipojuca também sinalizou a possibilidade de convênio. Para que isso ocorra, no entanto, a administração do Hippocampus precisa apresentar documentos ao município, como as áreas de atuação do projeto e regularizar as pendências financeiras. "O projeto foi reaberto na segunda passada graças à iniciativa de Suape e dos parceiros da Rota do Atlântico que estão nos ajudando a reencontrar um caminho para continuar funcionando. Ainda precisamos de apoio porque nesse momento só conseguimos religar os aquários. Mas não conseguimos ir além com as pesquisas ", diz a a bióloga e coordenadora do projeto, Rosana Silveira.

Entre as atividades realizadas pelo Hippocampus está o acompanhamento da população de cavalos-marinhos existente no Pontal de Maracaípe para preservação da espécie. Biólogos produzem relatórios informando o estado de conservação desses animais para evitar a extinção. Além disso, a entidade mantém parceria técnico-científico com universidades públicas, como UFPE, UFRPE, para realização de trabalhos científicos.

Atualmente, a entidade sem fins lucrativos é mantida com a venda de ingressos para visitação que custa R$ 20 e da venda de artesanato. Para arrecadar fundos, a instituição promove duas vaquinhas online com alvo de R$ 40 mil e R$ 16 mil: Ajuda ao Projeto Hippocampus e Projeto de Proteção aos Cavalos-marinhos.

As doações também podem ser feitas para a conta da instituição:

Instituto Hippocampus
Banco do Brasil

Agência: 2138-5

Conta Corrente: 50716-4

CNPJ: 04.534.382/0001-94.

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