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Munguzá do Zuza & Thaís e Bacalhau do Batata. Entenda a tradição do bloco que sai na Quarta de Cinzas

Publicado em: 26/02/2020 08:59 | Atualizado em: 26/02/2020 09:52

 (Diogo Cavalcante/DP )
Diogo Cavalcante/DP

A terça-feira Gorda (25) passou, mas a festa em Olinda não terminou. A cidade só se despede do carnaval depois de dois tradicionais blocos: o Mungunzá de Zuza & Thaís Miranda e o Bacalhau do Batata. As festividades acontecem no Alto da Sé, durante a manhã desta quarta-feira de Cinzas (26).

Os componentes da famosa receita não tem mistério: milho, leite de côco, açucar e canela. Já o toque especial, Thaís Miranda não revela. Mas este ano, um novo ingrediente aderido ao carnaval: o cuidado com a limpeza das ruas. "Nós estamos com um trabalho autosustentável. Temos uma equipe que está recolhendo os copos que são jogados no chão, porque por mais que tenha lixeiros, as pessoas continuam jogando os recipientes na rua", explica Thaís. 

Em 2020, foram feitos 2.000 litros de mugunzá, que começaram a ser distribuídos das 7h às 9h, antes do início do desfile do Bacalhau do Batata.

 

A história do bloco tem início em 1995, com a ideia em Comum dos artitas Zuza e Thaís Miranda.  

"Eu e Thaís somos músicos, e tocávamos na terça-feira à noite. Quando a gente terminava o show, muitos foliões pediam para nós continuarmos a apresentação até a quarta-feira, antes do Bacalhau. E aí a surgiu a ideia de fazer um arrastão que começava na Praça 12 de março até a Catedral da Sé. Nós pensamos em uma comida que desse energia para as pessoas brincarem, e aí nossas mães sugeriram o mugunzá. Fizemos uma panela só de experiência, e agora estamos completando 25 anos", explica Zuza Miranda.

Além da distribuição da comida, outra tradição criada por Zuza e Thaís é a corrida dos monstros. Os foliões recebem um copo de cachaça e são desafiados a descer a ladeira da Sé. O ganhador recebe R$ 300,00. 

Já o Bacalhau do Batata, criado por um garçom, conhecido como Batata, trabalhava durante todo o carnaval, por isso não aproveitava a folia. Até que em 1962 decidiu criar um bloco para que todos que trabalharam no carnaval, assim como ele, também pudessem aproveitar a festa de momo. Batata faleceu em 1993, mas a tradição permanece. 

O estandarte é coberto de originalidade. Composto por ingredientes de uma bacalhoada, o emblema atraiu a curiosidade dos foliões, que paravam para fotografar. Uma semana após o carnaval os integrantes da diretoria usam esses ingredientes para fazer uma bacalhoada para os amigos.      


 

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