Vida Urbana

Bacalhau do Batata leva público para encerrar ciclo carnavalesco em Olinda

Segundo a organização do Bacalhau do Batata, desfile deve ser acompanhado por 10 mil pessoas.

“O sucesso do Bacalhau é amar. Amar a cidade de olinda, amar Pernambuco. Amar de verdade. Mesmo numa quarta-feira, que é um dia que todos estão muito cansados, o bloco consegue trazer essa presença das pessoas. A gente fecha o carnaval de Olinda com chave de ouro”, explica a presidente do bloco, Fátima Araújo. Ela é sobrinha de Izaías Ferreira da Silva - o famoso garçom Batata, morto em 1993. 

A festa nasceu por iniciativa de Izaías, em 1962. Ele queria brincar carnaval, mas não podia, visto que trabalhava todos os dias em um restaurante e ficava sem tempo de aproveitar. “O dia de quarta antigamente, em Olinda, era de trevas. Mas meu tio, muito humilde e querido, conseguiu autorização da Igreja e da Polícia. E assim seguimos até hoje”, acrescenta Fátima.

Bacalhau do Batata "recebeu" Michael Jackson e Capitão América.

E só mesmo Olinda para 'reviver' o Michael Jackson, através de seu cover, o relojoeiro José Marcos dos Santos, 60. "Há quatro carnavais que venho aqui para o Batata. Gosto das ladeiras, do povo. Não tem confusão, a gente brinca à vontade. É demais, mesmo", exalta o homem, que homenageia o artista desde 1978.

Mais cedo, Munguzá de Zuza Miranda & Thaís alimentou multidão.

Em 2020, o casal preparou dois mil litros de munguzá, distribuídos em quatro panelões de aço. “Leva milho, açúcar, leite de coco, leite de vaca, canela, além dos segredos que a gente não pode revelar. Mas pode ter certeza que tudo é feito com muito carinho e amor”, comenta Thaís Miranda. 

A barraca de Zuza e Thaís foi montada em frente à Igreja da Sé. Cinco mil copinhos foram servidos ao público, que também foi convidado a participar da Corrida dos Monstros - outra tradição criada pelo casal. Quem ganha a disputa, leva R$ 300.

O presidente do Homem da Meia-Noite, Luiz Adolpho, foi prestigiar o Munguzá e o Bacalhau: “É fim de carnaval e a gente tem que prestigiar nossa cultura, não é?”. Por sinal, a equipe do calunga ainda não avaliou o desempenho do desfile deste ano. “A gente ainda vai esfriar a cabeça para analisar. Mas podemos dizer que a cada ano, tentamos melhorar”, afirma.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco
Loading ...