Vida Urbana

Lista de aprovados em curso de medicina da UFPE vaza, mas MEC não confirma


A divulgação dos resultados do Sisu, prevista no calendário oficial para esta terça-feira (28), foi impedida pela Justiça. A suspensão da divulgação das notas do Sisu pode prejudicar o calendário letivo das universidades e dos institutos de ensino superior, que podem ter o período de matrículas e consequentemente o início das aulas alterados. No estado, as seis instituições que estão no Sisu informaram que aguardam uma decisão do MEC para emitir pronunciamento sobre o assunto e sobre o calendário acadêmico deste semestre letivo.

Após o TRF-3 rejeitar, nesse domingo (26), um recurso do governo federal e manter a suspensão da divulgação dos resultados do sistema, a Advocacia-Geral da União (AGU) determinou ontem que o Ministério da Educação e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) apresentem dados e notas técnicas complementares que comprovem terem sido superadas todas as falhas na correção do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Com esses documentos, a AGU diz que recorrerá ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para reverter a decisão que impede a divulgação do resultado do Sisu. Na decisão de domingo, a presidente do TRF-3, desembargadora Therezinha Astolphi Cazerta, considerou que não foram apresentados “elementos seguros de que candidatos não teriam sido impactados” pelos erros no cálculo da nota do Enem.

No dia 20 deste mês, três dias depois da divulgação dos resultados do Enem, o MEC divulgou ter identificado erro na correção de 5.974 provas, de 3,9 milhões participantes da última edição da prova. O ministro da Educação, Abraham Weintraub, garantiu que, após essa análise, todos os candidatos estavam com as notas corretas e, por isso, abriria as inscrições no Sisu. Contudo não foi apresentado nenhum documento ou estudo técnico sobre o procedimento realizado.

Nos seis dias do sistema, foram contabilizadas cerca de 3,5 milhões de inscrições e 1,8 milhão de inscritos. Cada candidato podia se cadastrar em dois cursos. O período de registros aconteceu entre os dias 21 e 26 deste mês e não foi afetado pela disputa judicial em curso. Do total de acessos, 66% foram por dispositivos móveis, como celulares e tablets. A região do país com o maior número de inscrições foi o Nordeste, com 1,4 milhão. A região com mais inscrições foi o Sudeste, que registrou 1,1 milhão de candidaturas. Neste semestre, a oferta do Sisu foi de 237.128 vagas em 128 instituições públicas de ensino superior. Em Pernambuco, são 14.931 vagas.

Por curso, medicina foi o curso com mais inscrições, com 274.190 procuras. Em seguida, aparecem as graduações em administração (190.454 inscrições) e direito (175.413). Os mais concorridos, ou seja, com maior número de inscrições por vaga ofertada foram ciências biomédicas, com 145 inscrições por vaga), educação física (106 inscrições/vaga) e têxtil e moda (94 inscrições/vaga). O Sisu deste ano registrou pico de inscrições por minuto, que chegou a 7 mil. Uma média de 1,6 milhão pessoas acessou o portal diariamente.

O Sisu é a principal maneira de acessar o ensino superior público com a nota do Enem. Para participar da seleção, o candidato não pode ter zerado a redação na edição de 2019 do exame. São considerados selecionados somente os candidatos classificados dentro do número de vagas ofertadas pelo sistema informatizado do MEC em cada curso, por modalidade de concorrência. Caso a nota do candidato possibilite sua classificação em suas duas opções de vaga, ele será selecionado apenas em sua primeira opção.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco
Loading ...