Vida Urbana

Homem é preso por feminicídio após atear fogo na namorada


Ariclenes Pessoa dos Santos, de 28 anos, foi preso por feminicídio, nesta quarta-feira (29), após atear fogo na companheira, Thayslane Beatriz Teixeira da Silva, de 22 anos. O crime ocorreu em Itaquitinga, na Zona da Mata de Pernambuco, no início deste mês de janeiro. De acordo com as investigações da Polícia Civil, o homem não aceitava o fim do relacionamento, nem a mudança da namorada para a capital e simulou um incêndio na casa onde moravam.

Foragido, o homem foi encontrado na cidade de Goiana, na Região Metropolitana do Recife (RMR), na casa de familiares. A vítima estava internada há 15 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do setor de Queimados no Hospital da Restauração (HR), mas no último dia 28 não resistiu às queimaduras. Após o crime, os dois foram socorridos para um hospital em Itaquitinga. Na madrugada do dia 13, eles foram transferidos para o HR. Ariclenes tinha queimaduras na perna e recebeu alta no último dia 17. O corpo de Thayslane foi encaminhado ao Instituto de Medicina Legal (IML), no bairro de Santo Amaro, no Recife. O velório e enterro ocorreu na tarde desta quarta (29), em Itaquitinga.

Segundo a polícia, a prisão demorou a acontecer por causa de divergências nos depoimentos. "Houve uma divergência na versão da própria vítima porque ela dizia que tinha acontecido um acidente por medo de retaliação. Isso atrapalhou as investigações porque ele poderia ter sido autuado em flagrante. Depois, com base no depoimento da mãe, a quem a vítima contou que tinha sido vítima do crime, nós solicitamos a prisão preventiva", comenta o delegado de Itaquitinga, Aldeci José da Silva.


"Através de investigações, nós chegamos à conclusão de que não foi acidente. A partir de então, demos prosseguimento às investigações e solicitamos a prisão preventiva, a justiça decretou e nós conseguimos realizar a prisão. Ele nega. Diz que apenas ateou fogo nas vestes dela, que estavam em cima da cama e quando ela tentou apagar, também se queimou. Ele aparenta ser uma pessoa fria e em momento algum demonstrou arrependimento", diz o delegado.

A princípio, ele foi preso pelo crime de feminicídio, mas as investigações continuam para averiguar outros possíveis crimes cometidos por ele. A Polícia Civil solicitou ao Instituto de Criminalística a reprodução simulada do crime. "Não tivemos contato com ela. Apenas fizemos a 'ouvida' da mãe e da irmã. No dia seguinte, iríamos fazer a 'ouvida' dela no hospital. Mas o quadro clínico piorou e não teve mais condições de pegar as declarações. A partir da reprodução simulada vamos tirar algumas dúvidas com relação à versão dele e encerrar as investigações", afirma o delegado.

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