Vida Urbana

Banco de corais descoberto por pesquisadores da UFPE em Noronha surpreende pelo bom estado

Nova expedição para registrar imagens do coral acontece em fevereiro.

Descoberto durante expedição marinha em maio de 2017 e revelado neste mês por pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), um banco de corais com aproximadamente 16 km², situado nos limites do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (PNMFN) e em estado saudável, está prestes a ser novamente explorado.

Segundo a professora e pesquisadora Mirella Costa, do Departamento de Oceanografia da UFPE (Docean), a nova expedição, agendada para fevereiro do próximo ano, vai buscar resposta para questões como o porquê esse recife estar em bom estado, fato que intrigou a equipe uma vez que em áreas próximas há ambientes dessa natureza com estrutura comprometida.

“Também precisamos saber se há conectividade entre esses ecossistemas; se há troca de material biológico e compartilhamento de populações”, explicou. A expedição não prevê coleta de material. Apenas serão registradas imagens para pós-avaliação e será feita uma espécie de ressonância para verificar dados hidroacústicos e a forma dos recifes de corais.

Situado a cerca de cinco quilômetros da ilha, mas ainda dentro dos limites do PNMFN, o ambiente recém-descoberto gera rica biodiversidade no entorno. Desde a sua identificação, a equipe, liderada por pesquisadores e alunos do Departamento de Oceanografia da UFPE e de outras instituições de ensino e pesquisa, vem se debruçando para prospectar o máximo de informações sobre aquele ambiente marinho.

Os estudos devem ser finalizados no próximo ano, quando será publicado um artigo científico a título de apresentação formal da descoberta à comunidade científica. Com o objetivo de mapear recifes e qualquer habitat, entre 30 a 150 metros de profundidade, o levantamento teve início em 2016.

Com características muito próprias para ambientes semelhantes já estudados, esse banco de corais se distingue pelo estado saudável e profundidade em que se encontra – entre 40 e 50 metros –, além de ser um recife monoespecífico; formado apenas pelo coral de nome científico Montastraea cavernosa.

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