Inicialmente, dois cursos de especialização (Gestão de Megaempreendimentos e Tecnologias do Design) e um de graduação (Engenharia da Complexidade) serão ofertados pela Unicap-Icam, cujas inscrições estão abertas. Para implementar o projeto, a Unicap conta com o apoio de Olivier du Bourblanc, vice-presidente de Desenvolvimento Internacional do Icam, que deve residir na capital pernambucana durante os próximos dois anos, atuando como assessor de diretoria da Unicap-Icam International School. "Me mudei com a família para o Recife em agosto passado, a fim de colaborar com essa iniciativa, supervisionando, facilitando a relação entre as universidades e companhias envolvidas", explica o francês. Para ele, a metodologia da Unicap, o desempenho econômico de Pernambuco diante da crise na economia brasileira e o potencial do estado no mercado de tecnologia foram fundamentais para que a ponte entre a França e o Brasil se estabelecesse. "O Icam procurava por um ponto de colaboração no Brasil, entre universidades jesuítas do país, e a Unicap tinha todos os requisitos pedagógicos que procurávamos", pontua Olivier. Construído dentro da universidade, o centro de inovação que vai abrigar a Unicap-Icam deve servir como ponto de apoio para os estudantes que venham a integrar o projeto, reunindo espaços de aprendizagem e co-working.
"O programa se destina, sobretudo, àqueles estudantes que se veem diante de muitas possibilidades após o ENEM. São bons em engenharia, mas também em ciência, matemática, filosofia… Estudantes que têm afinidade com diferentes áreas, que estão mais abertos ao que é novo. Jovens que se interessam por gerenciamento de projetos, busca criativa de soluções, experiências culturais...", analisa o assessor. A ideia é que os alunos participantes possam desenvolver parte do curso na Unicap, com aulas em português, e parte em alguma das universidades parceiras no exterior, em língua estrangeira (inglês). Há centros de ensino envolvidos no programa em Camarões (Douala), na França (Lille, Paris Sénart, Nantes, Bretagne, Vendée e Toulouse), na Índia (Chennai), na República Domocrática do Congo (Kinshasa) e na República do Congo (Pointe Noire). “Se escolhem participar, é porque querem um ambiente de aprendizado, inovação, cooperação”, pondera Olivier.
No caso das especializações em Megaempreendimentos e Tecnologias do Design, os alunos poderão cursar até seis meses no exterior, uma vez considerados aptos para o intercâmbio. Para os graduandos em Engenharia da Complexidade, cujas aulas devem ter início em 2020, metade do curso poderá ser vivenciada fora do Brasil. "Ao contrário dos intercâmbios de uma graduação tradicional, em que o aluno tem dificuldade em compensar as disciplinas pagas no exterior e sincronizá-las com a grade de sua universidade de origem, a Unicap-Icam oferece o mesmo curso nas diferentes localidades. As disciplinas que estão sendo ofertadas no Brasil são as mesmas na França, na Índia ou na África. É exatamente o mesmo curso, o mesmo programa, é uma cooperação. Por isso, é uma formação internacional", detalha a diretora Andréa Câmara. (Estúdio DP – Conteúdo patrocinado)