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Chefe da Polícia Civil de PE usa carro oficial para ir à praia, mas SDS arquiva inquérito

Publicado em: 17/09/2019 18:03

Joselito Kehle do Amaral é chefe da Polícia Civil de Pernambuco. Foto: Paulo Paiva/DP
A Secretaria de Defesa Social (SDS) arquivou o inquérito em que avaliava a conduta do chefe da Polícia Civil de Pernambuco, Joselito Kehle do Amaral. O gestor era investigado por ter usado uma viatura para ir à praia com a família. O fato foi registrado em vídeo e viralizou nas redes sociais. No boletim-geral, divulgado nesse sábado (14), a SDS justifica que “só constam informações positivas nos assentamentos funcionais (histórico)” de Joselito dentro da instituição, sem a existência de qualquer outra transgressão.

As imagens começaram a circular em 18 de fevereiro. No vídeo, primeiro aparece alguém filmando a placa do carro, depois Joselito sentado numa das barracas da praia. Em um terceiro momento, ele aparece entrando no veículo, seguido de sua esposa e de sua filha, que entram logo em seguida no carro. Todos os três aparecem nas imagens com trajes de banho. Muitos internautas criticaram a postura do chefe da Polícia Civil por usar um veículo oficial, em momento de lazer, para fins particulares. 

Em nota, a Corregedoria Geral da SDS diz que a sindicância aberta para apurar a conduta de Joselito durou “cinco meses de trabalho, totalizando 600 lautas em 3 volumes, coleta de provas, documentos e ouvidas”. Houve “cometimento de transgressão disciplinar”, mas considerando “os antecedentes funcionais do servidor, sem qualquer histórico de processos disciplinares”, a comissão instaurada para investigar o caso opinou “pelo arquivamento”. 

Chefe da Polícia Civil é investigado por supostamente usar carro da corporação para ir à praia com a família. A Corregedoria da Secretaria estadual de Defesa Social (SDS/PE), disse que abriu uma investigação preliminar sobre o casohttps://t.co/vJ4jqqQhmi pic.twitter.com/puUndV6W7Q

— Diario de Pernambuco (@DiarioPE) February 19, 2019


“A Corregedoria ressalta, ainda, que conduz os Processos Administrativos Disciplinares (PADs) de forma técnica, com base nas legislações vigentes, imparcial, com respeito aos princípios da ampla defesa, contraditório e transparência. Em 2019, 799 PADs foram abertos em desfavor de policiais civis e militares. Em 34% deles, ou 275 casos, houve arquivamento. Nos demais 66% (524), o órgão correcional aplicou repreensões, suspensões ou demissões/exclusões do servidor”, conclui o órgão.
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