Vida Urbana

Ações no Hospital Miguel Arraes incentivam doação de órgãos

Foto: Julio Jacobina/Arquivo DP.

O acolhimento aos familiares é o ponto-chave para que todo o processo de doação de órgãos tenha sucesso. “Precisamos ouvir e orientar de forma adequada aquele que acompanha o paciente. É na porta de entrada do hospital que o trabalho de captação tem êxito”, explicou a enfermeira Mirella Nascimento, coordenadora da Comissão que funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, de janeiro a julho deste ano, foram realizados 940 transplantes de órgãos e tecidos em Pernambuco. No mesmo período, 109 famílias de pacientes com morte encefálica decidiram pela doação de órgãos; outras 67 não deram autorização. Assim, atualmente, cerca de 1,3 mil pacientes estão em fila de espera no estado.  Cabe à Comissão Intra-hospitalar buscar potenciais doadores dentre os mortos na unidade de saúde e colaborar na captação de órgãos para fazer essa fila andar.

O Hospital Miguel Arraes registra uma média de 80 a 90 óbitos por mês. Porém, a grande maioria está fora da faixa etária para doação de órgãos e tecidos (entre 5 e 70 anos) ou apresenta uma contra-indicação médica (portadores de doenças como HIV, tuberculose, tumores metastáticos ou leptospirose). São justamente os pacientes viáveis a finalidade do esforço diário e constante da Comissão Intra-hospitalar para salvar vidas, contribuindo no aumento do número de transplantes em Pernambuco.

A atividade de conscientização prossegue até a sexta-feira, Dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos, com uma mobilização, a partir das 9h, na Recepção Central, localizada no 2º andar do HMA. Haverá distribuição de panfletos, fitas verdes e guloseimas. A intenção é atrair funcionários e usuários, e esclarecer que, ao doar órgãos e tecidos, qualquer um pode transformar certidões de óbito em certidões de nascimento, mudando para melhor a vida de várias pessoas.

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