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Camaragibe

Mãe de bebê supostamente raptada será indiciada por denunciação caluniosa

Publicado em: 07/08/2019 17:55

Uma mulher, que acusava o ex-companheiro de vender a bebê do casal, será indiciada por seis crimes de denunciação caluniosa e abandono de incapaz. Segundo a Polícia Civil, a mãe da criança registrou um boletim de ocorrência na última terça-feira (6), contando que saiu para trabalhar como faxineira e deixou a criança com o companheiro, que teria entregue a recém-nascida a um casal de advogados moradores de Boa Viagem. No mesmo dia, por volta das 22h, o pai da bebê se apresentou voluntariamente com a menina na Delegacia de Camaragibe para provar que a criança estava sob seus cuidados e de seus familiares. Polícia vai investigar se a mãe da recém-nascida pode estar envolvida com tráfico de pessoas. 

Segundo o delegado da DP de Camaragibe Abraão Didier, que está responsável pela investigação do caso, após saber que sua ex-companheira havia o denunciado pelo desaparecimento da menor, o pai se apresentou voluntariamente, com a criança em bom estado, sem aparente indício de maus-tratos, e forneceu todos os dados. Também não foram identificadas contradições em seu depoimento, ao contrário da mãe. 

“O pai nos contou que no último domingo a companheira saiu de casa, em Aldeia, porque não queria mais morar com ele. Na segunda, ela teria voltado para tentar pegar a bebê, mas o pai não permitiu porque o casal já tem um filho de um ano e três meses e quem cuida é ele, o pai, e a avó materna. A mulher ainda teria outras nove crianças, cujos paradeiros serão investigados”, contou Didier. A mãe também mentiu ao fazer o BO, afirmando que era faxineira, como na verdade trabalha como prostituta. 

A bebê foi encaminhada ao Conselho Tutelar e aos órgãos de saúde para saber se está bem e se a menor teria passado nas mãos de outras pessoas. “A versão do pai é plausível por vários motivos. Além de cuidar dele cuidar do filho mais velho do casal, ele afirmou que não entregou a recém-nascida à mãe porque queria proteger a filha. Informou que a mãe vivia em situação de vulnerabilidade e que ela já teria tentado vender o primeiro filho deles. Além disso, ele se apresentou com a criança poucas horas depois da mulher ter registrado o BO, o que nos leva a crer que não teria dado tempo de ter pego a criança de volta, caso fosse ele quem tivesse dado a filha, como diz a mulher”, informou o delegado. Os familiares paternos da recém-nascida moram no Timbi. 
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