Vida Urbana

Como formar estudantes para profissões que ainda não existem?

Foto: Divulgação/Arquivo pessoal

Foto: Divulgação/Arquivo pessoal

E é aí que tudo se conecta com a metodologia de Educação Maker, do Fab Lab Recife. Começamos prototipando as mudanças: no projeto da maquete de uma casa, quando percebemos, estávamos recorrendo a conteúdos curriculares nas áreas de matemática, geografia e linguagem...  As crianças assimilavam tudo de modo prazeroso e consistente.

Alguns conceitos e iniciativas nos inspiram na busca por um modelo educacional adaptado ao futuro. A aprendizagem baseada em projetos deu lugar à baseada em problemas (PBL, em inglês) e hoje já utilizamos a aprendizagem baseada em desafios (CBL). Disso vem muito a metodologia do Fab Lab Recife. O grupo Lifelong Kindergarten, do Massachussets Institute of Technology (MIT) –   onde nasceram os Fab Labs, propõe um resgate do jardim da infância, inclusive no aspecto físico da sala, onde experimentações passam a ser o foco. Há também a abordagem da Aprendizagem Criativa que defende 4Ps: ter um Projeto, uma Paixão por ele, trabalhar em Pares e me divertir com ele (Play). Hoje já adicionamos um quinto elemento: contextualizar e dar sentido àquele conhecimento.

A universidade precisa se colocar como lugar de transformação e já formar educadores com essa nova mentalidade. Por isso que estamos formatando, no Fab Lab Recife, junto com a UFPE, um curso de extensão em Educação Maker, onde nos colocamos como parceiros dos educadores para despertar o encantamento do aprender fazendo.

Por: 
Betita Valentim, co-fundadora e sócia do Fab Lab Recife, é coordenadora de Educação Maker, graduada em Psicologia e pós-graduada em Políticas Educacionais e Inovação pela EIPP/Fundaj.
 
Cris Lacerda, sócia e CTO do Fab Lab Recife, é docente da pós-graduação em Tecnologias do Design da UNICAP-ICAM e membro do time de liderança da Singularity University no Recife.

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