Em agosto, os primeiros setores da universidade começam a ser transferidos para o complexo. Para dar celeridade ao processo de posse definitiva, a SPU solicitou ontem um acordo de cooperação mútua junto à UFPE para a realização das atividades de vistoria e burocráticas naturais do processo. “Estamos evoluindo com os projetos de ocupação. Mas com o contingenciamento dos recursos do governo federal à universidade, precisamos fazer a reformatação das planilhas e a readequação dos serviços. Para esta primeira etapa, os investimentos iniciais previstos eram da ordem de R$ 5 milhões, mas agora só teremos R$ 3 milhões para cobrir as necessidades imediatas estruturais”, explicou o assessor do reitor e coordenador do projeto, Carlos Falcão.
Um novo restaurante universitário, com capacidade para duas mil refeições por dia, era prioridade nesta etapa, mas com o bloqueio de recursos, o projeto terá que esperar.Além do telhado, as necessidades imediatas incluem a substituição de todo a rede elétrica e a implantação de uma nova subestação, reforma de todos os banheiros, vestiários e copas, recuperação de 70% e substituição de 30% das janelas e esquadrias da fachada leste do prédio. Também foi necessária a reforma dos 269 pilares (destes, ainda faltam ser recuperados 27), vigas, lajes e brises.
A previsão de conclusão das obras da primeira etapa é de três anos e inclui também a construção de uma livraria e uma cafeteria na torre central e quiosques de atendimentos aos alunos.Como já havia sido previsto, o Edif ício Sudene será ocupado pelo gabinete do reitor, pró-reitorias e outras atividades administrativas. Entre elas, está o setor de Transporte, de Segurança Institucional, almoxarifado do Hospital das Clínicas, Ensino à Distância, start-ups vinculadas à incubadora Positiva, Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da UFPE (Fade-U- FPE). “Todos os 13 andares serão utilizados. E a ocupação será progressiva. À medida que as obras forem sendo entregues, os setores já serão transferidos para o complexo”, disse Falcão.
EFICIÊNCIA
Para chegar a esse patamar, o projeto não prevê, por exemplo, a climatização artificial do prédio em nenhum dos andares. “O projeto arquitetônico prevê recursos de iluminação e ventilação naturais. E com essa revitalização, estamos potencializando esses recursos, tais como o peitoril ventilado, esquadrias tipo guilhotina em toda a fachada leste e utilização máxima dos cobogós ao longo de toda fachada oeste. Um dos selos que almejamos é o Procel Edifica”, detalhou Falcão. O plano de ocupação também inclui todos os princípios de acessibilidade.