Vida Urbana

Gestantes e bebês são prioridade da campanha de vacinação

Foto: Leandro de Santana/Esp.DP.

Esse primeiro público precisa comparecer aos postos de saúde munido da caderneta de vacinação. Este ano, os profissionais de saúde irão analisar o documento para verificar se é preciso fazer alguma dose de outro imunizante. “Primeiro eu vou perguntar para o meu médico se devo tomar a vacina”, diz Roberta da Cruz, 22 anos, grávida do primeiro filho.

Perto dela, Elizier Xavier, 30, também grávida, disse que não pretende tomar a vacina porque da última vez ficou com febre. Ao contrário de parte das gestantes, as pessoas idosas já se interessaram pela vacina desde o primeiro dia da campanha, mas foram orientadas a voltar na segunda etapa da campanha, entre os dias 22 de abril a 31 de maio, quando serão atendidos os outros grupos prioritários, além dos idosos com 60 anos ou mais, puérperas (até 45 dias após o parto), os trabalhadores da saúde, professores e povos indígenas, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade em cumprimento de medidas socioeducativas; detentos e os funcionários do Faixa etária das crianças incluídas do grupo preferencial foi ampliada neste ano pelo Ministério da Saúde sistema prisional; pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais.

Valdemir de Barros, 75, disse que estava passando perto do centro de saúde e aproveitou para perguntar sobre a vacina. Decidiu voltar depois, na data indicada para os idosos. “Eu tomo sempre, há cinco anos, e nunca tive nada. Nunca mais fiquei gripado”, disse.

Bárbara Conceição, 35 anos, moradora de Santo Amaro, levou a filha recém-nascida para receber a vacina contra a influenza. Ao chegar à unidade, recebeu a informação de que a imunização vale somente para crianças de seis meses a seis anos incompletos. Como o centro estava vazio, Bárbara aproveitou para ser vacinada, já que é puérpera, grupo prioritário na segunda etapa da campanha. A Secretaria de Saúde do Recife reforça,no entanto, que os grupos procurem as unidades no período indicado pelo Ministério da Saúde. No ano passado, de todos os grupos prioritários, somente não foi alcançada a meta mínima de crianças (89,8%). Por isso a prioridade no início da campanha. Depois do prazo estipulado como prioritário, as crianças e gestantes ainda poderão procurar as unidades de saúde.

No Recife, é possível procurar uma das 170 unidades de saúde da família (USF), incluindo as Upinhas, ou ainda as unidades básicas tradicionais e policlínicas da prefeitura. Os endereços das USFs podem ser consultados no site da prefeitura. “Precisamos reforçar também com os pais e responsáveis a importância da vacina, que começa a dar proteção em duas ou três semanas após a imunização”, destaca a coordenadora do Programa Estadual de Imunização da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Ana Catarina de Melo. Ela ainda lembra que crianças não vacinadas em anos anteriores devem tomar duas doses da vacina, com um intervalo de 1 mês entre elas. As que já fizeram esquemas anteriores e os demais públicos devem tomar apenas uma dose.

INFECÇÃO

A influenza é uma infecção viral aguda que afeta o sistema respiratório. A transmissão ocorre por meio de secreções das vias respiratórias da pessoa contaminada ao falar, tossir, espirrar ou pelas mãos, que após contato com superfícies contaminadas por secreções respiratórias pode levar o agente infeccioso direto à boca, olhos e nariz.

A doença é caracterizada por um início súbito de febre, tosse, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, mal-estar, dor de garganta e coriza. A tosse pode durar duas ou mais semanas. A maioria das pessoas recupera-se da febre e de outros sintomas dentro de uma semana.Complicações ou morte podem ocorrer especialmente em pessoas de alto risco Estima-se que uma pessoa infectada seja capaz de transmitir o vírus para até dois contatos não imunes. As crianças com idade entre um e cinco anos são as principais fontes de transmissão dos vírus na família e na comunidade, sendo possível a eliminação do vírus por até três semanas.

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