"Além de não defender a costa nem permitir a recuperação da praia, essas estruturas estão intensificando o processo de erosão e trazendo um custo muito grande à administração de Olinda, não apenas para mantê-las, porque elas exigem manutenção, mas por estarem aumentando o processo erosivo. Podemos dizer que hoje elas só beneficiam os comércios da orla”, sentenciou o pesquisador. O trabalho foi orientado pelo professor Valdir do Amaral Vaz Manso.
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Obras de contenção do mar agravam a erosão em Olinda
Pesquisa aponta que os chamados espigões têm efeito contrário ao pretendido na orla da cidade
"Essas estruturas foram construídas com a finalidade de reter a areia do mar das chamadas correntes de deriva, que transportam sedimentos. Mas elas não estão retendo esses sedimentos e estão intensificando o processo erosivo não apenas na praia, mas também na plataforma continental, a parte do mar em contato com o continente, ficando muito profundo logo na área onde as pessoas tomariam banho. Depois que os espigões foram construídos, ficou praticamente impossível tomar banho na praia de Bairro Novo”, defendeu Gois.
Para eliminar o processo erosivo e recuperar a praia, Luis Augusto recomenda que num primeiro momento sejam feitas ações imediatas que contemplem a supressão gradativa dos espigões para promover a ampliação da faixa de areia. “O processo de chegada de areia, sem os espigões, pode favorecer a regeneração da praia e, num segundo momento, poderia ser estudado o engordamento artificial da faixa de areia, como aconteceu em outras cidades da Região Metropolitana do Recife”, sugeriu o pesquisador.
A orla olindense tem sido uma das áreas mais afetadas da Região Metropolitana do Rrecife pelos fenômenos naturais da erosão e recuo da sua linha de costa. O maior responsável por essa deterioração foram as obras de ampliação do Porto do Recife, afetando desde o istmo da Praia de Del Chifre até a Praia do Janga, em Paulista. Por conta disso, a costa de Olinda foi também a que recebeu o maior número de intervenções na linha do mar, para tentar deter fenômenos como erosão e avanço do mar. Para Luis Augusto de Gois, essas intervenções, contudo, representam uma ameaça à estabilidade de toda a extensão litorânea sdo município.