Segundo o síndico José Rufino Neto, até a noite de ontem, cerca de 80 famílias ainda estavam vivendo nas dependências do Holiday. “O mais importante a ser frisado é que, além do lixo que está sendo retirado, das gambiarras, dos botijões, estamos fazendo a reintegração da rede elétrica de baixa tensão para que tenha condições de receber a rede de alta tensão da Celpe. A retirada do gerador também está no cronograma para esses dias. Estamos em um verdadeiro canteiro de obras no Holiday desde que a Celpe interrompeu o fornecimento”, disse o engenheiro voluntário Lupercio Luizinês.
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Dia D para moradores do edifício Holiday
Termina hoje o prazo dado pela Justiça para desocupar o prédio, enquanto força-tarefa tenta deixá-lo em condições de habitabilidade
Em reunião ontem pela manhã, na Cúria Metropolitana da Arquidiocese de Olinda e Recife, a comissão do Holiday discutiu a possibilidade de colocar um gerador para operar bombas de água e elevadores. “Até o problema elétrico ser resolvido, é colocado um gerador para garantir a mobilidade pelo elevador e o funcionamento das bombas de água”, disse a advogada voluntária Maíza Amaral. A recuperação do sistema elétrico, diz ela, pode ser feita andar por andar.
Um grupo de vereadores da Câmara do Recife está analisando o Edifício Holiday do ponto de vista histórico para tentar incluir a construção entre os Imóveis Especiais de Preservação. “ A inclusão permitirá também a captação de financiamento para recuperação e manutenção do prédio e garantir a habitabilidade do condomínio”, disse o vereador João da Costa (PT). O prédio também foi tema de audiência ontem na Assembleia Legislativa. A presidente da Comissão de Cidadania, Jô Cavalcanti, do mandato coletivo Juntas (PSOL), solicitará o tombamento do imóvel e envolverá o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) na questão.
Durante a reunião de ontem na Cúria, representantes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil disseramque as medidas tomadas até agora não são suficientes para suspender a desocupação. O comandante dos Bombeiros, Manoel Cunha, frisou que o risco de incêndio no nível quatro continua, mesmo com o desligamento da energia. Ele ressaltou a necessidade de outras intervenções para uma sensação mínima de segurança. “Esse laudo só pode ser feito se tiver mudanças estruturadoras, como toda a parte elétrica refeita, além do sistema de proteção contra incêndio e da manutenção da fachada e das partes onde há ferro aparente.”
O juiz Luiz Rocha determinou a desocupação a partir de ação movida pela Prefeitura com base em laudo do Corpo de Bombeiros. O relatório de mais de 500 páginas está sendo elaborado desde 2016. Foram identificadas 22 situações de risco, como incêndio, falta de hidrantes, sistema de pararaios sem funcionamento, ligações elétricas precárias e oito mil kg de gás nas dependências do Holiday.