A defesa do médico informou que ainda não foi intimada da condenação, mas afirmou que vai apelar da decisão. Kid Nélio, que está detido no Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel) desde março do ano passado, deve continuar no centro de triagem até a apresentação dos próximos recursos.
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Kid Nélio, médico acusado de estuprar pacientes, é condenado a 12 anos
Uma vítima de 18 anos, que fez a primeira denúncia, procurou atendimento no setor de traumatologia da UPA da Imbiribeira por volta das 9h do dia 21 de fevereiro de 2018 após sofrer um acidente em casa. Segundo a paciente, o traumatologista solicitou exames e, quando ela retornou para entregá-los, ele a molestou no consultório. Em depoimento, a jovem contou à polícia que o médico pediu para ela abaixar o short, a apalpou, esfregou o corpo contra o dela e ejaculou. A coordenação da UPA afastou o profissional após a denúncia.
Com a divulgação do caso, outras mulheres procuraram a polícia para denunciar o médico. Uma das vítimas, que pediu para não ter a identidade revelada, contou que reconheceu o médico e chorou ao ver a foto dele no Diario de Pernambuco. A paciente de 29 anos disse que o abuso foi cometido em 2016, quando ela sofreu um acidente de trabalho na mão esquerda e foi atendida em um hospital privado no bairro do Espinheiro, Zona Norte do Recife.
Kid Nélio foi preso em março de 2018. Na época, o chefe da Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), delegado Joselito Amaral, afirmou que, a partir dos depoimentos, os investigadores perceberam o mesmo perfil dos crimes praticados pelo médico. Doze depoimentos de vítimas diferentes foram registrados na Delegacia da Mulher do Recife, em Santo Amaro.
Perfil
O traumatologista potiguar Kid Nélio graduou-se em medicina em 2009, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Quando foi denunciado, era casado há quatro anos e não tinha filhos. O médico mudou-se para o Recife em 2014, juntamente com a esposa. Após receber a segunda queixa, em 22 de fevereiro de 2018, a polícia foi à residência do casal na capital pernambucana. Ao chegarem lá, os investigadores encontraram apenas a mulher, que disse não saber onde o marido estava.
A primeira reação da mulher, de acordo com a polícia, com relação às denúncias foi de surpresa e espanto. Posteriormente, a cônjuge passou a alternar momentos nos quais defendia a inocência do marido e instantes de forte indignação com relação aos abusos cometidos por ele contra suas pacientes.
Em depoimento às delegadas Gleide Ângelo e Ana Elisa Sobreira, o médico afirmou que manteve relações sexuais com apenas duas das denunciantes, mas que os atos teriam sido consensuais.