Vida Urbana

Caruaru registra chuva de granizo nesta terça-feira

Fenômeno aconteceu devido à atuação da Zona de Convergência Intertropical. Foto: Whatsapp/Reprodução.

O meteorologista da Agência Pernambucana de Águas e Clima Fabiano Prestrelo explicou que o fato foi causado pela Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), um dos mais importantes sistemas meteorológicos que atua nos trópicos. Essa é a fonte principal de precipitação nos trópicos e a responsável por condições de mau tempo sobre uma extensa área.

"Esse fenômeno forma nuvens tipo cúmulo-nimbo, que são muito altas. Essas nuvens podem ter até dez quilômetros de altura. Por isso, seus topos são formados por cristais de gelo. Esses cristais se juntam e formam porções maiores. Como são pesados, eles tendem a cair. Na queda, muitos se desfazem e se transformam em água líquida. Alguns maiores e mais resistentes, porém, chegam à superfície ainda congelados", esclareceu. 

O registro de chuva de granizo em Pernambuco tem ocorrido a cada dois anos desde 2013. O primeiro caso aconteceu em Riacho das Almas, no Agreste do estado, em 2013. Dois anos depois, o fenômeno foi registrado em Flores, no Sertão pernambucano. Já em 2017, Petrolina e Serra Talhada, também no Sertão, registraram chuva de granizo. "Estudos, ainda em andamento, apontam para a possível relação desses registros com possíveis mudanças climáticas", afirma Prestrelo. 

A Apac registrou, entre ontem e hoje, 32 milímetros de chuva. O volume esperado para todo o mês de fevereiro em Caruaru é de 54 milímetros, ou seja, em apenas dois dias, choveu mais da metade do previsto para todo o mês. "Deve continuar chovendo na cidade. O período com maior registro de chuvas no Agreste é de março a julho. Os volumes devem ser gradualmente maiores até o fim do primeiro semestre", disse o meteorologista.

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