As negociações entre as duas empresas se arrastam deste janeiro. Segundo a superintendência do Metrorec, a perda de receita pela entrada irregular de passageiros que driblam a segurança e passam pelos portões da área de embarque e desembarque dos ônibus é de cerca de R$ 200 mil por mês. “Eles (o Grande Consórcio Recife) pediram mais tempo para definir uma matriz de integração e prometeram também melhorar a segurança para diminuir a entrada irregular”, alertou o superintendente do metrô, Leonardo Villar Beltrão.
Em reunião realizada ontem com representantes das duas empresas foi criado um grupo de trabalho para estudar a adequação ao modelo de integração temporal. De acordo com o gerente de operações do Grande Recife, André Melibeu, uma das medidas é que todo usuário da integração terá que usar o cartão eletrônico. “A existência da evasão é um fato. Criamos um grupo de trabalho e serão feitas pesquisas para identificar a origem e o destino do usuário que paga a passagem com dinheiro. Também precisamos saber se para determinadas linhas a integração temporal de duas horas é suficiente”, revelou.
Também serão feitas campanhas para divulgar as mudanças e os pontos para que o usuário possa adquirir o cartão do VEM. “Isso não quer dizer que o dinheiro desaparece por completo. É possível pagar com dinheiro, mas não será possível fazer integração. Quem quiser pagar em dinheiro e precisar integrar terá que pagar outra passagem”, afirmou André Melibeu.
Por enquanto o estudo será apenas para a Estação Recife, onde se acredita haver um número maior de passageiros irregulares, uma média de quatro mil por dia. Das 15 estações integradas do metrô com os ônibus, o modelo já foi implantado em Cavaleiro, que reduziu em 40% a evasão de receita, e Largo da Paz, com queda de 20%. Na integração temporal, o usuário que paga pelo VEM tem até duas horas para usar o metrô, após descer do ônibus. Também é possível pegar um ônibus em qualquer lugar da cidade após descer do metrô.