Vida Urbana

Quinze pacotes misteriosos são encontrados em praias de Pernambuco

Caixas semelhantes foram encontradas no mar de outros estados nordestinos, como Paraíba, Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí

Cada pacote pesa cerca de cem quilos. Foto: SEMAB/AMAIG/Divulgação.

Apenas nas praias de Jaboatão, em diferentes pontos de Piedade, Candeias e Barra de Jangada, sete “caixas misteriosas” foram encontradas. A primeira apareceu na noite dessa sexta-feira e foi localizada por uma equipe que monitora tartarugas na orla. “Como são muito pesadas, foram necessárias oito pessoas para tirar da água. Depois, solicitamos uma retroescavadeira para fazer a remoção das demais”, afirmou a superintendente de Meio Ambiente da cidade, Edilene Rodrigues. Os pacotes encontrados no município estão guardados no órgão e serão encaminhados à CPRH hoje. “Continuamos monitorando, dia e noite, as praias para identificar outros pacotes, caso apareçam”, disse Edilene.

Uma análise superficial aponta que os pacotes contêm material sintético derivado de petróleo. Foto: SEMAB/AMAIG/Divulgação.

A Prefeitura de Olinda também notificou o aparecimento de um volume, encontrado na manhã desta segunda-feira em Bairro Novo. Ipojuca, no Litoral Sul do estado, também registrou a localização de um pacote e monitora a orla. Já em Igarassu, foram achados dois fardos por volta das 12h30 desta segunda. “Eles foram encontrados pela população, que entrou em contato com a Secretaria de Segurança Cidadã. Fomos ao local com um engenheiro químico, um engenheiro ambiental e um biólogo. O material foi identificado por eles como sendo feito de polímero. Ainda não sabemos, porém, a finalidade e o motivo do surgimento”, pontuou o secretário-executivo de Meio Ambiente de Igarassu, Rinaldo Rufino. Segundo ele, os pacotes estavam a cerca de 300 metros de distância um do outro na praia de Mangue Seco, distrito de Nova Cruz.

A Marinha informou que não há registro de naufrágio ou de acidente com embarcações que possa ter resultado no aparecimento desse material. No litoral alagoano, análises já realizadas por biólogos do Instituto do Meio Ambiente (IMA) constataram que os pacotes são feitos mesmo de polímero, um material sintético feito a partir de derivados do petróleo. Já a Agência Pernambucana de Meio Ambiente (CPRH) aguarda o envio do material pelos municípios para tomar providências.

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