Um questionário foi aplicado a 402 frequentadores do Parque da Jaqueira e da orla de Boa Viagem. De acordo com a pesquisa, os idosos que costumam ir a esses espaços públicos doa capital pernambucana têm, em média, 69 anos, são casados, com formação superior e renda média de R$ 6.266,68 por mês. Eles possuem casa própria (95,8%), plano de saúde (92,3%) e reservas financeiras (66,4%). A amostra refletiu que 70,6% dos entrevistados moram sós ou com os cônjuges e têm uma média de dois filhos. Esses idosos possuem acesso a lazer e preferem atividades como caminhar na praia ou parque (76,1%), assistir televisão (36,3%) e viajar (31,3%).
Fusce pretium tempor justo, vitae consequat dolor maximus eget.
Os anseios dos idosos de alta renda do Recife
Estudo revela os hábitos e o perfil de idosos que frequentam o Parque da Jaqueira e a orla de Boa Viagem
A maioria dos cônjuges dos idosos que responderam ao questionário também têm 60 anos ou mais. Gozar de boa saúde é, segundo os recifenses entrevistados pela pesquisa, o primeiro requisito para viver sem filhos, outros parentes ou com acompanhantes. Cerca de 80% deles consideram ter ótima ou boa saúde e dizem ter tempo para lazer. “A amostra representa apenas idosos de alta renda. Em função da escolha do nível de renda, eles não refletem a totalidade dos idosos da cidade do Recife. Por causa do lócus definido (locais de caminhada e prática de exercícios), só foram entrevistadas pessoas com bom nível de saúde e autonomia, isto é, idosos de alta renda que moram sozinhos, mas não gozam de boa saúde, não foram captados pela pesquisa”, esclarece Simone Gueiros.
A ideia da pesquisa surgiu quando a avó da consultora de empresas morreu. “Ela viveu até os 100 anos. Refleti sobre a presença cada vez mais constante de pessoas idosas em todos os lugares. Para atender às demandas desse público, precisamos entendê-lo”, afirma. Táxis adaptados a pessoas com mobilidade reduzida, academias de ginásticas voltadas exclusivamente para os idosos e agências para a organização de eventos ou reuniões de amigos com 60 anos ou mais são algumas das necessidades desse público identificadas pelo estudo.
Concebido na Dinamarca na década de 1970, a moradia compartilhada ou cohousing refere-se a um conceito de morar em grupo. “A ideia é ter um conjunto de casas no mesmo entorno, com áreas comuns que aproximam os moradores. A terceira idade (senior cohousing) significa um recomeço para indivíduos ativos, com a possibilidade de continuar morando em sua própria casa com a vantagem de criar laços afetivos com os vizinhos, por conta da proximidade. O cohousing ainda reduz os custos para os idosos, pois eles podem dividir os serviços de manutenção de suas casas (jardineiro, empregada doméstica) e também os serviços pessoais (motorista, fisioterapeuta)”, explicou a consultora de empresas Simone Gueiros.