O pai do garoto já prestou queixa no Departamento de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA) e o adolescente já foi encaminhado para exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML), em Santo Amaro, na área central da cidade. O caso está sendo acompanhado pelo delegado Ademir Oliveira. Por meio de nota, a Polícia Civil informou que voltará a se manifestar após a conclusão da investigação.
Em um texto, publicado nas redes sociais, o adolescente se defendeu dizendo que não falou nada que oferendesse a filha do agressor. Admitiu, no entanto, ter gritado. Mas alegou ter pedido desculpas. Ainda nas redes sociais, circula a informação de que o agressor seria cabo do Exército. O Diario entrou em contato com a Assessoria do Comando Militar do Nordeste que informou por meio de nota que o homem envolvido no episódio do fast food não pertence a coorporação.
Procurada pela reportagem, a advogada do homem filmado agredindo o adolescente informou que ele é funcionário de uma empresa privada e não tem antecedentes criminais. Confira, abaixo, a íntegra da nota divulgada pela defesa:
"Informações equivocadas estão sendo lançadas a respeito do senhor Wenceslau dos Santos acerca do caso que ocorreu em um estabelecimento comercial localizado em Boa Viagem. Trata-se de um cidadão de bem, sem qualquer passagem criminal, empregado de uma empresa privada, que após reiteradas provocações por parte dos adolescentes, saiu em defesa de sua filha pelo constrangimento ocorrido. Já é de conhecimento de diversas pessoas que aqueles adolescentes comumente geram confusões e fazem uso de bebidas alcoólicas que são compradas no estabelecimento sito a frente. Em momento algum o senhor Wenceslau teve qualquer intenção de gerar conflito, realizando apenas defesa de uma menor, a sua filha. Ao contrário do que está sendo narrado, não foi um simples grito que gerou a situação, inclusive as imagens serão disponibilizadas pelo estabelecimento a fim de comprovar o episódio narrado. Situação essa que o mesmo lamenta, vez que está recebendo ameaças de morte, bem como sua esposa e seus dois filhos que estavam presentes no momento da ocorrência. Além dos prejuízos de ordem moral, o mesmo perderá seu emprego por só estar sendo veiculado um lado da história. 'Lamento que a situação tenha chegado a tal ponto, o meu ato foi extintivo (sic) e em legítima defesa por uma situação completamente desrespeitosa criada por aqueles adolescentes. Se eu pudesse voltar atrás teria controlado melhor a situação, por isso peço desculpas pelo ato. Ocorre que sou um pai e garanto que qualquer um no meu lugar também tomaria as atitudes necessárias. Além disso, quero deixar claro que jamais tive meu nome relacionado a qualquer atitude criminosa ou homofóbica. As pessoas falam sem ter a mínima consciência do que podem causar. Eu e minha família estamos vivendo um verdadeiro inferno com as informações falsamente divulgadas. Em momemto algum realizei qualquer comentário ligado a homofobia, inclusive no vídeo a pessoa que utiliza o termo 'veado' é um terceiro', disse o senhor Wenceslau."