De acordo com o diretor do HR, o médico Miguel Arcanjo, Pablo Diego é um paciente que precisa de muitos cuidados. "Ele deu entrada no hospital apresentando choque hipovolêmico, devido a hemorragia. Teve uma parada cardíaca e teve que amputar o membro inferior direito", explicou o diretor, acrescentando que o paciente está em estado grave, respirando com a ajuda de aparelhos. No entanto, não encontra-se entubado. Pablo Diego usa drogas vasoativas para manter a pressão arterial estabilizada.
Darlene contou que o filho estava no Recife desde janeiro, tinha vindo trabalhar na capital pernambucana. Ela não soube dizer com quem ele estava no domingo, quando foi atacado pelo tubarão na Praia de Piedade. "Não sei com quem ele estava, mas acredito que com amigos", disse. Darlene falou que conversou com médico rapidamente e que o filho terá uma recuperação delicada. Ela contou que a situação finaneira do filho é difícil, por isso o rapaz decidiu vir trabalhar no Recife. Segundo Darlene, Pablo Diego tem cinco filhos com uma companheira que vive no Rio Grande do Norte.
Segundo o Major Aldo Silva, chefe do Centro de Comunicação Social do Corpo de Bombeiros, Pablo Diego nadava perto da linha de arrebentação de ondas e não estava em águas profundas quando foi mordido. A área na qual a vítima foi mordida é repleta de avisos sobre o perigo de ataques.
AJUDA - A mãe de Pablo Diego disse ainda que o filho chegou a comentar com ela sobre o mar que era violento. "Ele é muito afoito. Lá em Natal, uma vez foi tomar banho depois das pedras", disse a mulher, que fez um apelo por meio da imprensa pedindo a ajuda da população para bancar com as despesas do tratamento do filho. "Estou aqui com apenas R$ 35. Não tenho onde ficar e estou sem dinheiro", completou. A aposentada Darlene Melo informou que dispõe de uma conta no Banco do Brasil número 1373-0, agência 2874-6, para quem tiver condições de fazer doações para custear sua estadia e as futuras despesas médicas com o filho.