Dessa vez, o município está flexibilizando as regras e um mesmo lote pode ser dividido por dois parceiros. "Alguns parceiros nos procuraram perguntando se poderiam dividir um lote com outra empresa e nós estamos flexibilizando. A ideia é padronizar a Praia de Boa Viagem de canto a canto", revelou o secretário da pasta, João Braga.
A primeira experiência de padronização ocorreu em abril de 2017. O Centro Universitário Maurício de Nassau venceu a licitação de dois lotes em um trecho de 850 metros, entre as ruas Antônio Falcão e Henrique Capitulino. Nos dois lotes foram atendidos 73 barraqueiros com a entrega de 10 mil cadeiras e espreguiçadeiras, três mil ombrelones (tipo de guarda-sol maior), três mil mesas de apoio, 1,5 mil caixas térmicas, três mil lixeiras, 180 camisas com proteção UV, 350 batas, 350 viseiras e 73 carroças. O contrato da empresa com o município é de um ano e meio.
A padronização das barracas faz parte da terceira etapa do Projeto Orla. Segundo o secretário de Mobilidade e Controle Urbano, João Braga a primeira etapa foi o cadastro dos ambulantes. "Foram três anos para cadastrar os barraqueiros que são fixos na praia e dividir o espaço da areia em dez lotes. O passo seguinte foi a capacitação dos ambulantes pelo Sebrae tanto em relação a manipulação dos alimentos como também na gestão dos negócios", explicou o secretário.
De acordo com Braga a nova licitação pretende atrair de oito a dez parceiros para cobrir todo o trecho da orla. “Nós estamos fazendo um esforço nesse sentido. Por isso estamos antecipando o edital para aproveitar esse período de férias, que atrai mais gente para a praia e estimular os parceiros a participarem da iniciativa”, revelou. No ano passado, o Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau) investiu cerca de R$ 2 milhões para participar do projeto. “A praia é um excelente espaço de divulgação e uma oportunidade para as empresas. No início havia uma incerteza dos empresário, mas a experiência foi bem-sucedida e acreditamos que mais parceiros irão se interessar em participar do edital”, revelou o secretário. Ainda segundo ele, o Controle Urbano faz uma fiscalização rigorosa para que os barraqueiros usem os equipamentos que foram disponibilizados. Ao final do contrato, a mesma empresa pode fazer a renovação por igual período, sem necessidade de uma nova licitação.