Os médicos da rede municipal do Recife paralisaram as atividades nesta segunda-feira. A classe vai manter o movimento paredista até sexta para denunciar a insegurança nas unidades, escalas incompletas, estruturas precárias, falta de medicamentos e insumos básicos e ausência de recomposição das perdas salariais. De acordo com a categoria, o ato, articulado pelo Sindicato dos Médicos de Pernambuco, não afeta os atendimentos de urgência e emergência (que serão mantidos). A ação pretende chamar a atenção para os problemas já expostos para a gestão pública.
Nesta segunda, dando início ao movimento, os médicos realizaram atendimentos gratuitos para a população no Parque Treze de Maio, no bairro da Boa Vista. A Ação de Saúde e Cidadania teve aferição de pressão e glicose, entre outros, das 9h às 14h.
Dentro da paralisação, serão suspensos os serviços eletivos, atendimentos ambulatoriais, os Postos de Saúde da Família e Centro de Atenção Psicossocial (Caps). O funcionamento será normal nos setores de urgência, emergência e maternidade. O presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco, Tadeu Calheiros, lamenta a demora por uma resposta eficaz da Prefeitura do Recife. “Há quase um ano que estamos tentando negociar com a gestão da cidade, mas apesar de haver diálogo, falta uma proposta efetiva e justa. Infelizmente, a possibilidade da categoria entrar em greve por tempo indeterminado é cada vez mais real”, lamenta Tadeu.