O capitão Ramon Tadeu Silva Cazé, 43 anos, aguarda posicionamento do governador Paulo Câmara para que seja consumada sua exclusão da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) em decorrência da morte do estudante Edivaldo da Silva Alves, 19, alvejado por seu comando num protesto que cobrava segurança no município de Itambé, no dia 17 de março. No sábado, o Diario Oficial do Estado (DOE) publico despacho do secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua Vieira Cavalcanti, para a Portaria 6496, decidindo pela perda do posto e da patente encaminhando para que governador Paulo Câmara efetive a demissão.
Segundo registro na Portaria 6496, o oficial foi considerado culpado por ter procedido incorretamente no desempenho do cargo; apresentar conduta irregular e ter praticado praticado ato “que afetou a honra pessoal, o pundonor militar e o decoro da classe”. Também foi determinado o encaminhamento do resultado do inquérito ao Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco (TJPE). Segundo a investigação, o comandante da operação policial em Itambé que objetivava desobstrução da rodovia PE-075 por manifestantes que reivindicavam mais segurança, determinou que o PM Ivaldo Batista de Souza Júnior efetuasse disparo contra o estudante.
[VIDEO1]O disparo efetuado com uma espingarda com munição menos letal atingiu e acabou resultando na morte de Edivaldo da Silva Alves. Mesmo alvejado, confirma a investigação, o estudante foi arrastado até a viatura pelo oficial, que ainda desferiu uma tapa nele. Segundo a SDS, o capitão Ramon Tadeu Silva Cazé deixou de observar o Procedimento Operacional Padrão (POP) 001, estabelecido pela PMPE, que normatiza ações para controle de distúrbios civis e desobstrução de vias.
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