Vida Urbana

Trabalhadores de limpeza urbana protestam em São Lourenço da Mata

Garis que atuam no serviço de limpeza urbana de São Lourenço da Mata realizam uma manifestação na manhã desta sexta-feira. Caminhões utilizados no recolhimento de lixo foram estacionados em frente à sede da prefeitura.

Os trabalhadores prometem fechar ruas do centro da cidade para denunciar irregularidades na contratação da empresa de limpeza pública e os salários atrasados.

Crise - No dia 27 de setembro, o vice prefeito de São Lourenço da Mata, Gabriel Neto (PRB), assumiu o cargo. O político e médico havia rompido com o prefeito no início do ano e retomou os trabalhos como prefeito, depois que o prefeito Bruno Pereira (PTB), e os secretários de Finanças, Jucineide Pereira de Melo, e Saúde, Breno Nogueira, foram afastados.

 

Com nove meses no cargo, o gestor foi destituído do cargo por tempo indeterminado e está proibido de acessar a prefeitura por determinação do desembargador Odilon de Oliveira Neto, do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). O petebista e outros seis servidores públicos são investigados por desvios de bens e rendas públicas na Operação Tupinambá.

Segundo o delegado da Polícia Civil, Joselito Kehrle, também foi encontrada uma quantia de R$ 23 mil na casa do prefeito, além de documentos. Outras duas pessoas foram presas: uma empresária por posse ilegal de arma e um guarda municipal, por porte ilegal de arma. Ambos possuíam revólveres calibre 38 em casa.

Ao todo, a 35ª operação de repressão qualificada do ano, da Polícia Civil, cumpriu 14 mandados de busca e apreensão domiciliar contra Pereira, empresários e servidores municipais nas cidades de São Lourenço da Mata, Recife, Camaragibe, Caruaru e Bezerros.

O delegado da PC, Joselito Kehrle, disse que pediu o afastamento dos servidores para evitar interferência nas investigações. Segundo ele, a apuração do caso começou há três meses, após denúncia ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e o Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE), que atuaram conjuntamente com a Polícia Civil. O delegado, entretanto, não detalhou como funcionava o esquema, o que será feito hoje em coletiva. Na execução da operação, participam 110 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães, além de auditores do TCE-PE.

O prefeito de São Lourenço da Mata, Bruno Pereira, por meio de sua assessoria de comunicação, informou que “só irá se pronunciar em relação à Operação Tupinambá quando seus advogados tiverem acesso aos autos do inquérito policial”. “Até o momento, informamos que não foi disponibilizado aos advogados quaisquer conteúdos por parte da Polícia Civil. A defesa aguarda por informações de inteiro teor para que possa de manifestar”.

 

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