Vida Urbana

Transmissão sexual do zika vírus é alvo de estudo em Pernambuco

Crédito: Julio Jacobina/DP

A pesquisa toma como base um estudo anterior, realizado entre maio de 2015 e maio de 2016, na UPA de Paulista, em parceria com o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip). Segundo o levantamento, embora o número de mulheres e homens recrutados tenha sido o mesmo, houve uma diferença no padrão de infecção entre os gêneros para zika e chikungunya. A cada 10 casos de zika analisados, sete ocorreram em mulheres e três em homens. Para a febre, foi o contrário. Esse foi o primeiro estudo a reportar essa diferença de padrão entre as infecções pelas duas patologias.

Uma das explicações para esse comportamento diferente seria a transmissão sexual do zika. Para comprovar a hipótese, no estudo retrospectivo serão recurtados 263 pacientes da pesquisa anterior, os parceiros e moradores da mesma residência, que respondem a um questionário e têm amostras de sangue coletadas. Por outro lado, serão recrutados novos pacientes que derem entrada em unidades de saúde com suspeita de zika, seus parceiros sexuais e moradores da mesma casa. Eles serão acompanhados por seis meses, com repetidas coletas de vários fluidos.

“Já foram recrutados quase 40 pacientes que participaram no estudo anterior. O objetivo será comparar o status de exposição aos três vírus (Zika, Chikungunya e Dengue), através de sorologia, entre os grupos de participantes e ver se os dados obtidos indicam a transmissão sexual do zika em alguns participantes”, afirmou a colaboradora da Fiocruz PE Tereza Magalhães, que integrou a equipe do projeto, coordenado pelo pesquisador Ernesto Marques (Fiocruz PE/Universidade de Pittsburgh). A pesquisa tem financiamento dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) e a expectativa é que os resultados sejam apresentados ainda neste ano.

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