Vida Urbana

Quando máquinas humanizam a saúde: medicina pernambucana aposta em tecnologia para se diferenciar

Médicos adquirem equipamentos raros e oferecem procedimentos de última geração, utilizando linhas de crédito específicas para profissionais de saúde. Conteúdo patrocinado pela Sicredi Recife

Equipamentos raros no setor de saúde ganham espaço em Pernambuco e otimizam tratamentos no estado. Foto: Rafael Martins/Estúdio DP

A sensação de frustração que a neurocirurgiã pernambucana Maria da Penha Mendes experimentava ao encaminhar os pacientes a procedimentos cirúrgicos e vê-los retornar com as mesmas queixas da primeira consulta era quase tão incômoda quanto a dor que eles relatavam. Referência em sua especialidade no estado, ela decidiu buscar a solução na tecnologia: transformou sua clínica, onde atua com o sócio, Rodrigo de Freitas, no primeiro ponto do Norte e Nordeste a receber a tecnologia SpineMED, criada para tratar e descomprimir discos intervertebrais da coluna óssea de forma não-cirúrgica e indolor. Endossou a lista de profissionais da saúde que, através do uso de máquinas de última geração, humanizam o tratamento dos pacientes e mantêm Pernambuco entre os principais polos médicos do país.

Dra. Maria da Penha Mendes Mariz aponta melhoria no tratamento de pacientes com hérnia de disco após a aquisição do SpineMED. Foto: Rafael Martins/Estúdio DP

O sistema, que consiste numa cama compartimentada e articulada por computador, capaz de tracionar com precisão a coluna vertebral em pontos problemáticos, com ângulos muito específicos, foi criado no Canadá e está disponível em 18 países. Com custo elevado, muitas vezes, só pode ser adquirida por meio de linhas de crédito para profissionais de saúde, como as ofertadas pela cooperativa Sicredi Recife. “É necessário um extenso treinamento teórico e prático para operar esse tipo de máquina. Temos que entender o sistema, os efeitos, as indicações, contraindicações...”, relata a autônoma pernambucana Bárbara Mendes, formada em direito e operadora do sistema SpineMED ao lado de Dra. Maria da Penha, na clínica Spinecare.

No Brasil, serão dez máquinas ativas em oito estados até o fim de 2017. Para custear sua aquisição, é necessário um investimento de aproximadamente R$ 250 mil, o que a neurocirurgiã conseguiu assumir através da Sicredi Recife. “Não é barato se equipar. Nunca me arrisquei tanto nesse sentido, mas valeu a pena. Tenho um controle muito maior sobre o tratamento dos meus pacientes e lhes ofereço um serviço melhor. A maioria deles é ativa e sofria com sonolência provocada por medicações para a dor, por exemplo, que não são mais necessárias”, explica a profissional, complementando que as taxas e condições do financiamento adquirido pesaram na decisão de realizar o investimento.

Para o oftalmologista Dr. Roberto Galvão Filho, a precisão do equipamento deixa os pacientes mais seguros e melhora qualidade do atendimento médico. Foto: Alcione Ferreira/Estúdio DP

Orçado em torno de R$ 2 milhões, o Catalys é usado em cerca de 15% das 600 cirurgias de cataratas realizadas mensalmente no IOR. Um desenho virtual prévio “guia” o passo a passo do procedimento, de acordo com o problema a ser corrigido: a máquina, recalibrada periodicamente, não falha.


A facilidade de crédito e as taxas da Sicredi Recife, que consideraram mais baixas, possibilitaram ainda a aquisição de terreno vizinho ao centro médico, onde hoje está instalado o estacionamento do instituto, no Espinheiro, Zona Norte da capital pernambucana. A movimentação financeira na área contribui para as melhorias infraestruturais: todos os anos, o setor de saúde pernambucano movimenta cerca de R$ 7,2 bilhões, sendo o segundo setor em arrecadação de Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) no estado, de acordo com o Sindicato dos Hospitais de Pernambuco (Sindhospe).

O Laser Catalys do IOR dispensa o uso de lâminas de corte durante cirurgias para correção da catarata. Foto: Alcione Ferreira/Estúdio DP

O retorno se descortina rapidamente: pacientes têm recuperação acelerada, alimentam boas recomendações sobre a clínica e os procedimentos tornam-se mais rápidos e efetivos. A reboque, também eleva-se o nível de qualificações no setor. No IOR, o Laser Catalys demandou uma aula inaugural do professor Wallace Chamon, da Escola Paulista de Medicina, em 2016. Diretores, médicos, residentes, graduandos e convidados do instituto acumularam conhecimento após o encontro. “A interação entre o médico e o paciente será sempre o principal 'instrumento' de trabalho na área de saúde. Mas se os equipamentos são nossos recursos, precisamos que sejam os melhores possíveis. Todos se beneficiam com isso”, pondera Galvão.


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