Cerca de cinco mil pessoas protestam no Marco Zero, no Bairro do Recife, contra o presidente Michel Temer. A manifestação, marcada para começar as 13h, foi pautada em uma agenda nacional de atos contra o governo e nas recentes delações envolvendo a JBS.
Empunhando cartazes pedindo Diretas Já e contra as reformas trabalhista e da previdência, a mobilização percorreu ruas do Bairro do Recife no fim da tarde. Muitos lembraram as recentes delações dos donos da JBS, envolvendo o nome de Michel Temer e também do senador afastado Aécio Neves.
“Nós precisamos reestabelecer o estado democrático de direito. Esse país sofreu um tentado, um golpe à democracia. E para isso precisamos de eleições diretas. Assim como de uma constituinte exclusiva e soberana para mudar esse sistema político, enlameado pela corrupção”, afirmou o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT-Pernambuco), Carlos Veras.
Entre os presentes, representantes da CUT, do bloco Eu Acho É Pouco e da Frente de Luta Popular. A professora Marleide Sales, 67, é uma das que esteve no Marco Zero. Segundo o estandarte do bloco "Eu bem que te avisei", ela disse que veio para a mobilização em função de todo o processo de perda de direitos que o país vem sofrendo. "O bloco foi uma maneira de contestar", disse.
O bancário Ranilson Barbosa, 53, fez uma placa em homenagem aos irmãos da JBS e em referência ao cantor Wesley Safadão. Ele diz que os delatores precisam ser punidos e fazer o show deles na prisão. "Temos o Wesley, que nos dá alegria, e eles que não. Precisam ser presos e punidos".
A mobilização também reuniu pessoas que, até então, estavam apoiando o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. “Eu ainda não tinha despertado. Acredito que se o Temer está roubando, se existem provas, ele tem que sair”, disse a estudante Bárbara Marinho, 42 anos, que levava nas mãos uma cruz pedindo Diretas Já.
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