A III Marcha da Família, articulada pelas esposas de policiais e bombeiros militares, já dura mais de sete horas. A mobilização reinvidica melhores condições de trabalho, a revogação da atual proposta de valorização profissional e a reabertura da mesa de negociação incluindo as associações representativas. Nesta noite, enquanto acontece a abertura do carnaval, com a presença do prefeito do Recife, Geraldo Julio, e do governador de Pernambuco, Paulo Câmara, no Marco Zero, o grupo foi à Ponte Duarte Coelho, onde está instalado o Galo da Madrugada, maior ícone do carnaval pernambucano, e, de mãos dadas, as famílias advertiram: "não vai ter Galo". Ao sair da ponte, o protesto foi para a Assembleia Legislativa de Pernambuco e já está em frente ao Palácio Campo das Princesas, sede do governo.
O Batalhão de Choque fechou os acessos à sede do Governo de Pernambuco com bloqueios na Rua da Aurora e também na Rua do Sol. Horas antes, a polícia já havia tentado impedir a mobilização fazendo uma barreira na Avenida Conde da Boa Vista. A concentração da Marcha teve início às 14h, na Praça do Derby. A passeata deveria seguir até a sede do Governo de Pernambuco, o Palácio Campo das Princesas, mas antes foi em direção à casa do governador Paulo Câmara. Após o ato, no bairro da Madalena, eles retornaram ao Centro pela Avenida Conde da Boa Vista.
Esse é o terceiro ato realizado pelo grupo de familiares de policiais e bombeiros militares. O mais recente foi realizado na última quarta-feira, quando as esposas dos militares partiram da Praça do Derby, também às 14h, e seguiram até o Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, em Joana Bezerra, para pressionar a Justiça a negar o pedido de decretação de prisão preventiva das lideranças do movimento. Por três votos a dois, os desembargadores indeferiram o pedido que havia sido feito pelo Ministério Público de Pernambuco.
A primeira marcha da categoria foi feita no dia 3 de janeiro e reuniu mais de 4 mil familiares de PMs e bombeiros. Nessa primeira manifestação, as reivindicações foram entregues ao coronel Eduardo Pereira, chefe da Casa Militar, que estava representando o governo do estado na ocasião. Em todas as passeatas, foram feitos os mesmos pedidos.
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