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Com veto a Temer, apoteose dos bonecos gigantes arrasta multidão em Olinda
Imagem do presidente foi preservada para evitar protesto; o mesmo ocorreu com o boneco da ex-presidente Dilma, que esteve ausente no carnaval do ano passado
Fabricados com fibra de vidro e muitos chegando até a quase quatro metros de altura, os gigantes se reuniram pelo nono ano seguido na apoteose no Alto da Sé. Embora sem Temer e sem a ex-presidenta Dilma Rousseff, que já havia sido “preservada” em 2016 após ter sido vaiada nos dois anos anteriores, várias novidades incrementaram o desfile.
Para este carnaval, a Embaixada de Pernambuco dos Bonecos Gigantes de Olinda produziu um total 28 novos gigantes, com 15 deles indo às ruas nesta manhã. Entre eles, o recém-eleito presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o cantor Wesley Safadão, o cantor e compositor Renato Russo, o ex-vocalista da banda britânica de rock Queen, Freddie Mercury, a dupla sertaneja Zezé Di Camargo e Luciano, os cantores pernambucanos Almir Rouche e Lenine e até uma Estátua da Liberdade frevista, que puxou o cortejo.
Mesmo quem estava ali apenas para trabalhar parecia se contagiar com a folia. Contratados para dar vida aos calungas, os bonequeiros, sobretudo os mais experientes no ofício, garantiam que o peso dos bonecos, a alta temperatura dentro deles, além da andança pelas ladeiras, não eram problemas. "Já faço isso há cinco anos. Gosto muito, é muito bom. (A estrutura) deve pesar uns 13 quilos, mas já estou bem acostumado", falou Walter Wendell, que carregou nesta edição do evento a peça de Fernando dos Santos Lima, procurador do Ministério Público Federal (MPF) da Operação Lava Jato.
Responsável pela Embaixada, Leandro Castro comemorou quase uma década de apoteose. "O legal é a participação de famílias. Foi uma segunda-feira de muita festa, mostrando que o carnaval pernambucano é muito rico", afirmou. Embora leve à política às ruas conte com membros da Operação Lava Jato no seu arcabouço de bonecos, como o do juiz Sérgio Mouro, Castro contemporiza o veto de Temer. "Não vou falar que o país está polarizado, mas o momento é de levantar o astral. Temas políticos a gente deixa para depois. O Temer vai ficar treinando frevo para o próximo carnaval lá na embaixada", brincou.