“Temos exemplos de igrejas e fortificações que são conhecidos pela população, mas temos também importantes casarios que estão abandonados. Esses espaços devem servir para a comunidade em que fica localizado, mas muitas vezes são escondidos por grandes construções sem as garantias de um patrimônio”, analisa a historiadora e professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Suely Luna.
Segundo a presidente da Fundação de Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), Márcia Souto, é preciso ampliar a relação da sociedade com esses bens. “É necessário que as pessoas se apropriem desses locais, se identifiquem, tornando esses espaços mais humanizados. Parte essencial é a educação patrimonial para desenvolver esse olhar de valorização. Essa prerrogativa deve ser ampliada porque a partir do momento em que as pessoas entendem sua história sentem o desejo de preservar.”
Realizada pela Fundarpe, a Semana do Patrimônio de Pernambuco acontece até o dia 20 de agosto nos municípios do Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Brejo da Madre de Deus, Buíque, Caruaru e Paudalho.
Às 10h, será realizada a entrega do Prêmio Ayrton de Almeida Carvalho de Preservação do Patrimônio Cultural de Pernambuco, no Teatro de Santa Isabel. A partir das 14h, no Teatro Arraial Ariano Suassuna, na Rua da Aurora, acontece a apresentação do Plano de Gestão do Sítio Histórico de Olinda.