Representantes de vários órgãos públicos e dos bancos que funcionam no entorno da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) participam, na manhã desta quarta-feira, da segunda reunião do Conselho Integrado de Segurança da instituição. A reunião acontece no auditório João Alfredo, na Reitoria da universidade.
Participam do encontro, além da UFPE, representantes do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Santander, os órgãos do Condomínio Sudene (Sudene, IBGE, Codevasf, Ministério da Saúde, entre outros, além do 12º Batalhão de Polícia Militar. O objetivo do encontro é discutir medidas para melhoria da segurança do entorno, envolvendo funcionários das instituições, usuários e moradores.[SAIBAMAIS]
Na quarta-feira passada, a UFPE informou que os portões de acesso ao campus ficarão trancados entre 23h30 e 4h30 diariamente. A medida - válida para passagem de carros e pedestres - foi mais uma das ações desenvolvidas pela reitoria para tentar reduzir os casos de violência na instituição. Apenas o acesso pela Avenida dos Reitores será liberado durante a madrugada em casos justificados. O fechamento dos acessos será às 23h30 e a reabertura às 4h30. De acordo com a UFPE, os agentes de segurança da universidade e os vigilantes da TKS (empresa terceirizada) estão atuando de forma mais efetiva nos pontos críticos de ocorrências informados pela comunidade acadêmica. Além disso, o campus conta com um posto fixo da Polícia Militar até as 22h30. No entorno, além da intensificação das rondas, a PM está efetuando mais abordagens. Haverá a instalação de novas câmeras integradas ao sistema da Secretaria de Defesa Social e a melhoria da iluminação no campus, entre outras ações.
No mesmo dia, estudantes, servidoras e moradoras do entorno fizeram um protesto em frente ao Restaurante Universitário por mais segurança e para denunciar os frequentes casos de assédio sexual e estupro. Após o ato, as alunas foram recebidas pela vice-reitora, Florisbela Campos, pela diretora LGBT da UFPE, Luciana Vieira, pela pró-reitora de Assuntos Estudantis, Ana Cabral, e pelo superintendente de Segurança, Armando Nascimento. No ato, as manifestantes pediram mais iluminação no campus, além de capacitação dos seguranças para lidar com questões específicas de gêneros. Elas denunciaram a falta de sensibilidade no trato com as vítimas. O ato cobrou da reitoria um posicionamento efetivo e a criação de estratégias de enfrentamento e de garantia de segurança para que as mulheres possam circular pela universidade sem ameaça.
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