Dezenas de taxistas realizaram um protesto, na manhã deste domingo em frente ao prédio onde mora o prefeito do Recife, Geraldo Julio. Os trabalhadores enfileiraram-se na via, no bairro da Torre, para manifestarem-se contra a permanência do aplicativo Uber, que começou a funcionar na capital pernambucana no dia três de março. Recife foi a primeira capital do Nordeste a receber o serviço.
Na terça-feira passada, representantes da prefeitura receberam uma comissão de membros do Sindicato dos Taxistas na sede da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU), no bairro de Santo Amaro, vai debater o assunto. Os taxistas alegam que o serviço não possui regulamentação e que concorrência traz prejuízos financeiros para a classe. Ainda esta semana, a prefeitura deve assinar o decreto que regulamenta a Lei Municipal 18.176/2015, que regulariza os softwares destinados à oferta de serviços individuais de transporte remunerado de passageiros no Recife.
Os taxistas do Recife, por sua vez, asseguram que não irão realizar uma nova manifestação. No Rio de Janeiro, a prefeitura chegou a ameaçar retirar a concessão do motorista flagrado participando de protestos contra o Uber, que travaram o trânsito carioca. No final de semana passado uma manifestação chegou a ser anunciado, por meio de boatos, nas redes sociais. Na segunda-feira passada, depois de protestar na Rua da Aurora e participar de uma audiência na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), dezenas de taxistas seguiram, no início da tarde desta, para a sede da Prefeitura do Recife.
Na Alepe, foram ouvidos os argumentos dos taxistas. Após a segunda audiência pública será formado um grupo de trabalho para formular propostas de entendimento. Na semana anterior, a Alepe promoveu a primeira audiência pública prevista para debater o tema. Na ocasião foram ouvidos os profissionais que estão se inserindo no mercado por meio da plataforma digital. Eles defenderam a regulamentação da nova modalidade de serviço. [SAIBAMAIS]
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