Vida Urbana

MPPE vai cobrar na justiça retomada de obras do Teatro do Parque

Ação Civil Pública quer evitar a ruína total do Imóvel Especial de Preservação (IEP)

Casa de espetáculos da Rua do Hospício está fechada desde 2010. Foto: Rafael Martins/Esp. DP/D.A. Press

Acionado por conta da interrupção dos serviços da casa, o órgão também recebeu denúncia de objetos e filmes furtados do acervo do teatro, fatos que, para o promotor devem fazer com que a Justiça conceda liminar favorável. Dois pianos, foram destruídos pelo cupins,que tomam conta do prédio, fechado desde 2010, de acordo com denúncia protocolada pelo ator e produtor cultural Oséas Borba Neto.

No processo que tramita no MPPE, a construtora selecionada para realizar a restauração alegou ter paralisado os serviços por falta de verbas, uma vez que só teria recebido 5% do valor contratado. Desta maneira, para reiniciar a obra, será necessária uma nova licitação prevista para ser lançada em 60 dias. Em nota, o Gabinete de Projetos Especiais acrescentou que o orçamento gira em torno de R$ 13 milhões. Segundo o promotor, caso a Justiça interceda favoravelmente, será possível dispensar a licitação e contratar de imediato uma nova empresa.

Além disso, uma petição pelo tombamento federal do Teatro do Parque está colhendo assinaturas de apoio nas ruas e no endereço eletrônico www.peticaopublica.com.br/pview.aspx?pi=BR89351. [SAIBAMAIS]

Em agosto do ano passado, os cem anos do teatro não foram marcados por festa, mas por manifestração. Um grupo de artistas encenou um velório em frente ao imóvel. Os organizadores da iniciativa, o grupo de teatro João Teimoso e o grupo Guerrilha Cultural levaram flores, velas e cartazes.

A Zona Especial de Preservação do Patrimônio Histórico-Cultural (ZEPH) do bairro da Boa Vista cumpre uma recomendação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e inclui edificações de valor urbanístico, arquitetônico e histórico como o Pátio de Santa Cruz, o Mercado da Boa Vista e o Teatro do Parque. Ao todo, são 19 quadras e 301 imóveis, incluindo alguns Imóveis Especiais de Preservação (IEP), construções cuja proteção é dever do município. Além de estar vulnerável à especulação imobiliária, a região também sofre com o abandono.

 

 

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