Vida Urbana

IML libera corpo de doméstica, que será sepultada esta tarde

Karina Francisca foi morta pelo patrão e amante com dois tiros no peito

Sepultamento está marcado para as 14h, no Cemitério Memorial Guararapes, em Jaboatão. Foto: Polícia Civil/ Divulgação

As investigações duraram 40 dias e uma da provas chaves utilizadas pelos policiais foram as imagens das câmeras de estabelecimentos comerciais no caminho que Karina fazia todos os dias entre a sua casa e o trabalho, no bairro do Arruda, Zona Norte do Recife. Todos os dias a doméstica fazia o mesmo percurso, em uma caminhada de 10 a 12 minutos. Segundo o delegado Mauro Cabral, as imagens do dia 22 não mostram Karina no caminho, mas o carro de Itamar aparece saindo da rua onde Karina residia e passando na Rua Marcílio Dias, também no Arruda. “Aliado a isso, identificamos que naquele dia ele passou a tarde na cidade de Vitória de Santo Antão e isso fugia à rotina dele”, ressaltou o delegado. No dia do desaparecimento, Itamar falou para a família da vítima que estava trabalhando, mas na verdade encontrava-se de folga.

A vítima desapareceu no dia 22 de janeiro. A última informação que a família teve foi de que ela tinha ido para o trabalho. Antes de chegar ao destino, porém, a doméstica enviou uma mensagem avisando que iria trabalhar e falaria novamente mais tarde quando chegasse no destino. Como as notícias não chegaram, os familiares procuraram a Polícia Civil e divulgaram a foto dela pelas redes sociais e em cartazes espalhados pelo Recife.

De acordo com o depoimento de José Itamar, ele teria recebido um SMS de Karina e ido buscá-la em casa para levá-la ao trabalho, que era na casa dele. No entanto, no meio do caminho, desviaram a rota para conversar. O bombeiro disse que Karina estaria o pressionando para ele se separar da esposa e ir morar com ela. O bombeiro se queixava da frieza do relacionamento. No auge da discussão, Itamar puxou uma arma, um revólver de calibre 38, e atirou na doméstica no banco de trás do carro. Depois parou em um armazém e comprou ferramentas para enterrar o corpo, na BR 232. Cerca de 12h após enterrar o corpo de Karina, hospedou-se em um hotel na cidade de Vitória de Santo Antão, onde ficou até a noite.

O bombeiro foi preso em Água Fria e está no Centro de Reeducação da PM (Creed), em Paratibe. Ele confessou o crime e indicou o lugar onde enterrou o corpo. O celular e o carro de Itamar estão apreendidos e passarão por perícia. Segundo o delegado Mauro Cabral, a arma usada no crime ainda não foi apreendida. O DHPP tem até 30 dias para reunir provas, apresentar as perícias e concluir o inquérito para encaminhar à Justiça. A família não acredita na versão de Itamar. “Minha irmã nunca teve caso com ele. Ele que tinha vontade de ter um caso com ela, mas ela não queria”, desabafou o irmão de Karina, Francisco Silva.

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