Ultrapassa R$ 1 bilhão e 120 milhões o que é arrecadado por ano pelas 13 empresas de ônibus que atuam na Região Metropolitana do Recife (RMR), somente com os vales A e B. Além disso, somente com os aumentos de R$ 0,35 e R$ 0,50 nestas duas tarifas em 19 de janeiro, o grupo de empresas arrecadará aproximadamente R$ 12 milhões a mais em cada mês – um montante que, a cada 12 meses, passa de R$ 140 milhões de acréscimos à receita tarifária. Os valores reais são superiores, pois incluem os demais vales e as tarifas opcionais.
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Empresas de ônibus arrecadam mais de R$ 1 bilhão por ano com tarifa
Apesar da entidade gerenciadora ser o Grande Recife Consórcio de Transporte, a arrecadação tarifária é administrada pelo sindicato patronal - ou seja, as próprias empresas de ônibus
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Atualmente, o orçamento para o Estado manter o Grande Recife Consórcio é de R$ 105 milhões anuais. São R$ 22 milhões referentes às despesas de pessoal, como salários e benefícios, R$ 60 milhões para manutenção da sede, dos Terminais Integrados e das 5.612 paradas de ônibus, e R$ 23 milhões para manter as Estações BRT. Os dados são do próprio Grande Recife, através do diretor de Gestão Organizacional do Grande Recife Carlos Eduardo Figueiredo. "A receita de passagem, como o valor do Anel A e Anel B, vai para Urbana, afinal de contas é o ônibus que recebe esse dinheiro. E a Urbana repassa para concessionários e permissionários. O orçamento do consórcio vem do Governo do Estado para que o órgão possa se gerir. O Grande Recife é órgão que gere a operação".
Remuneração dos trabalhadores
Para Benilson Custódio, presidente do Sindicato dos Rodoviários (STTREPE), atualmente o salário dos funcionários das empresas de ônibus da Região Metropolitana do Recife (RMR) é defasado. Segundo ele, o cobrador recebe R$ 887,50, enquanto o despachante R$ 1.247,86 e o motorista R$ 1.929,69. "E, por exemplo, a hora extra do motorista só começa a contar após 220 horas realizadas no mês", explica. Isso é equivalente a 8,4 horas de trabalho diárias por 26 dias de trabalho (quatro folgas por mês).
Benilson também faz parte do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM), que realiza a votação sobre os valores de reajuste. "Nós do Sindicato pedimos para ver a planilha de gastos para poder analisar o aumento". Com a mesmo desejo de análise, foi realizado um pedido de vistas por conselheiro estudantil durante a reunião. O pedido foi negado. Agora, depois de denúncia enviada ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE), o juiz José Marcelon Luiz e Silva deve analisar a validade da aprovação do aumento.