Vida Urbana

Nova ciclofaixa da Zona Oeste vai ligar 10 bairros. Ciclistas criticam largura da faixa

Ciclofaixa do Engenho do Meio será interligada a outras rotas. Projeto foi elaborado segundo plano cicloviário. Foto: Denis Meneses/ Divulgação

Para o estudante Dênis Meneses, 26 anos, que usa a bicicleta como principal modal de transporte, a nova ciclofaixa pode trazer benefícios para ele, que sai da Várzea para a Ilha do Leite. De forma experimental, uma vez que a ciclofaixa ainda não foi entregue, ele se surpreendeu com a largura do equipamento. Na foto feita por ele, os dois guidons passam do limite da faixa. “Não é possível dois ciclistas passarem ao mesmo tempo pela ciclofaixa bidirecional. O risco de acidente é grande, se não for feita uma correção vou preferir não usar, mesmo estando no roteiro que normalmente faço”, revelou.

De acordo com a assessoria de imprensa da Companhia de Transporte Urbano (CTTU), todo o sistema cicloviário da cidade está dentro das normas descritas no manual de sinalização viária. Em São Paulo, ciclistas também questionaram a largura das ciclofaixas. Na capital paulista, a largura mínima usada nas ciclofaixas pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) para um único sentido é de 1,2 metro. Já no manual de ruas de Nova York, a largura recomendada é de 1,5 metro por sentido.

Do ponto de vista de interligação, no entanto, a nova ciclofaixa terá um papel importante e irá atender a pontos de interesse relevantes da região, como o Terminal do Engenho do Meio, Praça do Engenho do Meio e a Sudene, além de dar acesso ao Hospital das Clínicas e à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). “ Com as rotas existentes, nós teremos uma conexão de dez bairros, através de uma rede ciclável que chega a 20 quilômetros”, afirmou a presidente da CTTU, Taciana Ferreira.

De acordo com a CTTU, o projeto foi elaborado seguindo as diretrizes do Plano Diretor Cicloviário da Região Metropolitana do Recife (PDC/RMR) e vai compor a Rede Cicloviária Complementar, que é de responsabilidade dos municípios da RMR. O percurso que compõe a nova rota terá sinalização vertical e horizontal, com tachões realizando a delimitação da via. Apenas um pequeno trecho de aproximadamente 200 metros, localizado na parte mais estreita da Rua Mauricéia, receberá tratamento de ciclorrota.

Além dessa nova rota, estão previstas ainda em 2015 as rotas Inácio Monteiro, no bairro do Cordeiro e rota de Jardim São Paulo. E da Via Mangue em 2016.

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