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Pacote de segurança na UFPE após estupro

Universidade e Secretaria de Defesa Social anunciaram medidas para evitar assaltos e estupros dentro e fora do campus do Recife

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A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a Secretaria de Defesa Social firmaram parceria para diminuir as abordagens criminosas dentro e fora do campus do Recife. A instituição de ensino anunciou ontem um reforço na presença da polícia e no monitoramento por câmeras. Haverá, ainda, controle eletrônico de acesso ao campus a partir de 2016.

Também ontem, o governador Paulo Câmara e o reitor Anísio Brasileiro se reuniram para falar de reforços na frota de ônibus que atende o perímetro da UFPE.

De acordo com a Polícia Militar, já foi iniciado o policiamento dentro e no entorno do campus, com uma dupla de motopatrulhamento fazendo rondas e abordagens, no horário das 17h às 23h. O esquema inclui uma equipe da Patrulha do Bairro, que fará ponto embaixo do viaduto da BR-101 sobre o giradouro em frente à Reitoria, das 21h às 23h.
Segundo o superintendente de Segurança da UFPE, Armando Nascimento, os PMs poderão entrar no campus em caso de ocorrência ou suspeitas de crimes. “O que falta aqui é segurança externa, pois você tem que ficar com um olho no ônibus e o outro no viaduto, de onde saem os bandidos”, comentou uma estudante de 27 anos.

A expectativa é de que até o primeiro semestre de 2017 o campus receba 242 novas câmeras, cujas imagens serão repassadas ao Centro Integrado de Operações de Defesa Social (Ciods). Neste ano foram registrados 68 casos de assaltos, furtos e arrombamentos de carros no campus. Os estupros no entorno não foram contabilizados oficialmente, mas têm causado pânico e sido alvo de protestos. Em agosto, um homem foi preso por abusar de três alunas. Para aumentar a segurança das estudantes, será construído um caminho entre a Casa do Estudante Feminina e o campus por dentro da área acadêmica.

A UFPE também trocará o fardamento dos guardas terceirizados e reforçará a iluminação. A universidade tem 300 seguranças institucionais e 193 terceirizados, que atuam com motos e carros. “Trocar o fardamento é uma forma de fazer com que eles possam ser vistos pelos estudantes. Isso passa uma maior sensação de segurança”, explicou Armando Nascimento.