Vida Urbana

Multa por demolição aquece discussão sobre preservação

Que sirva de alerta aos municípios a sentença da Justiça Federal condenando o Recife a pagar R$ 1.578.996,93 pela demolição indevida de um imóvel da Avenida 17 de Agosto. A multa pode até ser derrubada, caso a prefeitura recorra a instâncias superiores e consiga parecer favorável, mas o assunto está exposto. Cabe ao poder público pensar no desenvolvimento, mas também se preocupar na preservação histórica e cultural. Precisa-se de equilíbrio E o município, por ser a esfera governamental mais próxima das ruas, precisa imprimir o mesmo rigor, tanto em lei quanto em prática, nos trâmites para declarar um imóvel em  especial de preservação (IEP). Lei existe para isso, entretanto o que vemos é a gestão pública, em determinados casos, flexibilizar o entendimento da lei ou ignorar longos períodos de avaliações. Foi esse o entendimento da Justiça Federal para punir o Recife sobre a demolição de 2009. Lamentável em processos do tipo é que o valor da multa seja arcado pelos cofres públicos, devendo ter reflexo em outras áreas da administração municipal. Talvez reflita nas de saúde e educação ou talvez na área cultura. Bom seria repensar a maneira de se punir em casos assim, cobrando os prejuízos para os cofres públicos daqueles responsáveis diretamente pelo equívoco.
[SAIBAMAIS]

Bom para cavalo 
Quando se pensa em imagens da Rua do Espinheiro, no Recife, ao meio-dio as mais comuns serão as de trânsito intenso ou congestionamento. Não foi o que se flagrou ontem, quando uma carroça de tração animal ocupou a esquina da rua e o cavalo, faminto, aproveitou para dar algumas mastigadas.

Fazenda no condomínio… 
Projetado para ser o maior condomínio fechado da América Latina, o Conjunto Residencial Ignêz Andreazza, em Areias, talvez seja a maior fazendinha. Equinos e caprinos andam de um lado a outro do conjunto. Sempre à procura do capim mais verde, abundante nesta época do ano.

…Agiu no detalhe
A experiência rural para aí. Os moradores dos 2.464 apartamentos do Ignêz Andreazza vivem de portas trancadas. Teme-se os roubos, frequentes por ali. Nesta semana, um ladrão esperou uma moradora do módulo 3956 chegar junto à grade de um prédio para anunciar o assalto. 

Espírito solidário…
As constantes faltas de medicamentos para portadores do HIV contribuem para fatos inusitados. Para amenizar os efeitos da descontinuidade do uso de drogas como o Efavirenz e Kaletra, pacientes do Hospital das Clínicas dividem entre eles o que receberam da farmácia.

…A perder de vista
Desolador, segundo os soropositivos, é ouvir dos funcionários do hospital que não sabem quando os estoques dos medicamentos serão normalizados. Pacientes afetados temem o aumento da resistência do HIV, vírus da Aids, no organismo, previsível na falta de uso ou no uso incompleto de medicamentos.

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