Observar, entrevistar, comprovar hipóteses, usar linguagem científica, escrever artigos e participar de congressos. Atividades imprescindíveis no ensino superior são pouco comuns nas escolas públicas. Uma das exceções é a Escola de Referência em Ensino Médio Luiz Alves da Silva, em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste. Quando concluem o ensino fundamental, estudantes da escola começam a dar os primeiros passos para a iniciação científica.
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Jovens cientistas do Agreste dão primeiros passos
Estudantes de escola estadual de Santa Cruz do Capibaribe participam de projeto idealizado por professora
A pesquisa foi adotada como ferramenta didática pela professora de geografia Valdiana Gonçalves, 37 anos, nove deles dedicados à rede estadual de ensino. Depois de trabalhar conteúdos como recursos hídricos, resídios sólidos e saneamento básico em sala de aula, Valdiana ensina os estudantes a planejar e executar trabalhos científicos.
“Após o contato com a teoria, eles vão fazer pesquisas de campo nas ruas da cidade para analisar, por exemplo, a qualidade da água dos poços artesianos da cidade ou para monitorar a presença de resíduos sólidos no Rio Capibaribe”, explica a professora.
Depois de coletarem os dados, os estudantes, com idades entre 15 e 18 anos, escrevem artigos científicos. Algumas produções chegam a ser apresentadas em congressos. “O principal objetivo do projeto é aproximar os alunos da academia. Quando chegam ao ensino médio, eles sentem que o ensino superior é algo muito distante deles, veem a universidade como um bicho-papão. Quero desmistificar isso”, ressalta a professora.
Além de possibilitar que os adolescentes aprendam os conteúdos do currículo escolar, a professora estimula os estudantes a se tornarem mais autônomos. “Passei a ver o meio ambiente de forma diferente, além de ter percebido que posso pesquisar como um estudante de nível superior”, conta Adriel Nascimento, 16.
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