Antes da dar início à caminhada, em coro, eles informararam que a retirada não seria uma desmobilização e que continuariam com a luta e vigília e, prol do Estelita. Eles disseram ainda que irão divulgar uma carta de esclarecimentos e desculpando-se pelos incômodos causados aos demais moradores da localidade.
Durante a desocupação, realizada de forma pacífica, um homem foi detido por resistência. Segundo a polícia, Renan Alves da Silva Oliveira teria se desentendido com um integrante do movimento e iniciado uma briga. O rapaz está prestando depoimento. A polícia não sabe se ele faz parte da mobilização ou se estaria infiltrado no ato.
A ação de desocupação começou pontualmente às 10h, com a chegada do oficial de justiça Leonardo de Figueiredo, de posse do despacho com a ordem de reintegração de posse, acompanhado por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Pernambuco (OAB-PE) e o do Ministério Público de Pernambuco (MMPE).
Apenas o oficial de justiça se aproximou dos manifestantes, que foram representados por Ernesto de Carvalho. Após uma conversa de negociação, por volta das 10h30, os integrantes da mobilição decidiram sair de forma pacífica. Após gritar palavras de ordem, eles começaram a desmontar o acampamento, colocando os utensílios em caminhonetes, para deixarem o local. Dez viaturas do 13º Batalhão da Polícia Militar acompanharam a ação. A rua foi interditada e o tráfego só foi permitido aos moradores da via.
Mais cedo, durante entrevista coletiva na sede da Prefeitura do Recife, o secretário de Assuntos Jurídicos do Recife, Ricardo Correa, disse que na noite de ontem a Justiça concedeu a liminar mas que, a pedido do próprio prefeito, o cumprimento foi adiado para este sábado, para possibilitar a presença dos representantes do MPPE e da OAB. Segundo o secretário, a intenção seria realizar uma tentativa de negociação para a retirada pacífica dos manifestantes.
Ainda de acordo com o secretário, a ação de desocupação deve começar no início da tarde cabendo, ao Poder Judiciário, acionar apoio da força policial caso necessário. Questionado sobre a possibilidade de discutir com o Movimento Ocupe Estelita o projeto Novo Recife, Correa adiantou que não há possibilidade de renegociar o projeto aprtovado em 2012 e que desde então vem sendo protelado. Ainda segundo o secretário, estão sendo aplicados na área "conceitos urbanísticos inovadores que a prefeitura pretende expandir para toda a cidade".
Com informações da repórter Larissa Lins
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