Vida Urbana

Depoimento de médico responsável pela cirúrgia bariátrica que causou morte de empresária é adiado

Fernanda Nóbrega. Foto: Facebook/Reprodução

O presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, o médico Josemberg Campos, encerrou a fase das ouvidas das testemunhas nesta sexta. A quarta audiência estava marcada para o dia 10 de abril, mas foi adiada devido à ausência de Josemberg Campos, que não compareceu ao fórum pela segunda vez. Inicialmente, o presidente da Sociedade era uma das sete testemunhas de defesa, mas foi dispensado na audiência de março. O juiz Francisco Galindo acatou os argumentos da acusação e  determinou a intimação do  médico como testemunha do juízo.

                        

Relembre o caso               

O médico Gustavo Menelau é acusado de negligência por não ter prestado o atendimento adequado e necessário à paciente quando ela voltou ao hospital Unimed III, onde foi realizado o procedimento, com complicações decorrentes da cirurgia de redução do estômago. A operação foi realizada no dia 2 de novembro de 2013.

Para a família, as 12 horas em que Fernanda passou até ser reoperada, sem a atenção e providências devidas aos sintomas apresentados, agravaram o quadro, que evoluiu para a tromboembolia apontada como causa da sua morte. "Como pode uma paciente gastroplastizada voltar ao hospital com complicações do procedimento originário e os sintomas apresentados pela cirurgiada serem completamente ignorados pelo cirurgião? Estamos convictos que a atuação do médico, contrária ao Código de Ética Médica, mergulhada, inclusive, nas raias profundas da negligência, culminou na morte de Fernanda Nóbrega, negando-lhe a chance de lutar pela vida", disse o advogado da família, Erik Gondim.

Ainda de acordo com o advogado, após a segunda cirurgia, para corrigir uma obstrução no intestino, os sintomas de Fernanda também teriam sido ignorados pelo médico que a operou e pelos que a atenderam no hospital. "Os sintomas apresentados claramente indicavam para a tromboembolia, mas trataram como se fosse um caso de ansiedade", complementou.

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