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Notícia de Turismo
O Havaí é aqui em Noronha Quem vai fazer turismo pode se aventurar no mar em canoas polinésias, com direito a ver navio naufragado e até golfinhos

Por: Alice de Souza - Diario de Pernambuco

Publicado em: 24/09/2017 15:25 Atualizado em:

Foto: Alice de Souza/DP
Foto: Alice de Souza/DP

Disposição para acordar antes do sol. Coragem para enfrentar o mar de um jeito diferente. Força para movimentar os braços e o corpo. Disciplina para seguir as regras. E fôlego para se surpreender com imagens que ficarão guardadas para sempre na memória. São os ingredientes para encarar a nova moda de Fernando de Noronha, a canoa havaiana ou polinésia. O esporte introduzido no Brasil no começo dos anos 2000 chegou ao arquipélago e está conquistando atletas e turistas.
 
A canoa, que tem um segundo casco como estabilizador, foi o meio de transporte milenar dos povos polinésios para conquistar territórios. Em Noronha, ela cumpre papel similar, o de apresentar nova perspectiva do arquipélago para os visitantes. Vai além de observar as belezas do alto dos mirantes ou navegar dividindo espaço com muitas outras pessoas. É só você, o instrutor, o balanço das águas e o espetáculo da natureza.

O passeio costuma acontecer sempre ao nascer ou pôr do sol, com saída da Praia da Conceição. A disposição é fundamental, mas não é requisito conhecimento prévio sobre técnicas de remo. As regras básicas são passadas na hora. Não se pode descer ou subir pelo lado direito. Nem sequer inclinar o corpo nessa direção, sob pena fazer o equipamento virar. Uma das mãos vai na parte superior do remo, a outra próxima à base. O segredo é manter a coordenação com o guia. Enquanto ele vai para um lado, você vai para o outro. Quando escutar o grito de “Rip”, troca. As trocas não são frequentes e dá até para descansar no caminho.

O destino é a Praia do Porto. Cedo, o brinde é um belíssimo nascer do sol atrás das ilhas secundárias. Se a água estiver límpida como costuma estar, também dá para ver o navio grego EleniSthatathos, naufragado em 1929. Na volta, Noronha costuma preparar uma surpresa de arrebatar os corações. Assim como nos passeios de barco, os golfinhos rotadores podem encontrar as canoas. Neste momento, é proibido colocar a mão na água. A canoa para e o momento é sublime. Torça para ter essa sorte!

A atividade custa entre R$ 100 (uma hora) e R$ 180 (três horas), por pessoa. As canoas são para duplas ou grupos de seis. A presença do guia é sempre necessária. “A canoa vai muito rápido, então a diferença entre os passeios será o tempo de descanso e admiração. Quanto mais tempo, mais tranquilo será”, contou o atleta Alef Alves, responsável por introduzir o esporte na ilha e multicampeão na modalidade. Em média, ele tem realizado duas saídas por dia. A procura está alta. Alef Alves já conseguiu dar a volta na ilha e convida os visitantes a testar um pouco da aventura. Vai encarar?

[Agenda online

São quase 5 mil habitantes, mas o suficiente para promover uma vida social e cultural no arquipélago. A partir de outubro, uma agenda cultural será criada, com a programação local. O material será publicado, sempre no último dia do mês anterior, no site oficial de Noronha. No futuro, a ideia é criar aplicativo.


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