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Notícia de TECNOLOGIA
Juventude conectada Pesquisa revela que uso do celular nas escolas facilita na educação Segundo os entrevistados, a tecnologia ajudaria a aumentar o conhecimento e procurar por fontes citadas durante a aula

Por: Diario de Pernambuco

Publicado em: 22/09/2016 18:00 Atualizado em: 22/09/2016 19:38

Dados foram divulgados durante a 4ª edição do Circuito Reflexão, Interação e Ação (R.I.A.), no Espaço Catavento, em São Paulo. Foto: Divulgação
Dados foram divulgados durante a 4ª edição do Circuito Reflexão, Interação e Ação (R.I.A.), no Espaço Catavento, em São Paulo. Foto: Divulgação
"A conexão ajuda a nivelar oportunidades", afirmou o diretor-presidente da Fundação Telefônica Vivo, Americo Mattar. A frase foi dita durante a divulgação da segunda edição da pesquisa da segunda edição da "Juventude Conectada" que traz informações sobre a evolução das atividades do jovem, principalmente, nos quesitos de empreendedorismo, ativismo, educação, comportamento e cultura digital. Para a pesquisa, foram consultados 1.440 jovens, entre 15 a 29 anos, de diversas classes sociais.

Os dados foram divulgados durante a 4ª edição do Circuito Reflexão, Interação e Ação (R.I.A.), no Espaço Catavento, em São Paulo. O tema deste ano foi “Como empatia e protagonismo podem gerar mudanças sociais”. Durante o evento aconteceram diversas palestras sobre o papel da tecnologia como ferramenta fundamental para dar voz às ideias, empreendimento e protagonismo dos jovens.

De acordo com a pesquisa, 92% dos jovens acreditam que o uso do celular facilita na educação. Segundo os entrevistados, a tecnologia ajudaria a aumentar o conhecimento e procurar por fontes citadas durante a aula. Além disso, houve um aumento da porcentagem de jovens que utilizam vídeos como forma de ampliar o estudo. Em 2013, 71% dos jovens utilizavam o celular como principal meio para acessar a internet, em 2015, os números subiram para 94%. A pesquisa traz a percepção de que o celular pode ser visto como um agregador e não como um vilão dos estudos.

Entre os convidados do R.I.A estava o PhD em Educação Matemática, professor de psicologia na UFPE, consultor no C.E.S.A.R e coordenador de Ciência e Inovação da Joy Street, Luciano Meira. Ele comentou que essa pesquisa mostra a necessidade de mudar a forma de aproveitamento da tecnologia nas escolas do estado de Pernambuco. "Existem sete estados que proíbem o uso de smartphones nas escolas, Pernambuco é um deles. Às vezes, o professor quer tentar algo novo com a ajuda de ferramentas tecnológicas, mas opta por não enfrentar o governo e acaba trabalhando de forma tradicional, que nem sempre prende e agrada os alunos", contou Meira.

A gerente de projeto da Fundação, Mila Gonçalves, contou que a pesquisa aconteceu de forma inovadora. "Geralmente, as definições partem do ponto de vista do cliente, mas nesta pesquisa, a pergunta partiu dos próprios jovens, de realidades diferentes. Alguns temas foram lançados, mas as perguntas nasceram dos jovens", disse a gerente. Entre o levantamento das questões até a publicação final foi quase um ano de pesquisa.

Empreendedorismo
A pesquisa também revela que, de 2013 para 2015, a parcela de jovens que visam empreender sofreu uma queda de 6%, passou de 71% para 65%. De acordo com o gerente de projetos da Fundação, Luís Guggemberger, isso aconteceu porque os assuntos em evidências nas redes sociais estão mais ligados a política e não a empreendedorismo. "Os dados diminuíram um pouco, mais por receio e desinformação sobre onde conseguir os recursos necessários para empreender", contou Guggemberger. 

Segundo a pesquisa, 48% dos entrevistados disseram que não empreendem por falta de recursos financeiros para investir e outros 24% dizem que falta oportunidade de negócios.

R.I.A
O tema do Circuito Reflexão, Interação e Ação (R.I.A.) deste ano, foi pensado, segundo o diretor-presidente da Fundação Telefônica Vivo, a partir dos jovens que preferiam se calar ao parecer polêmico nas redes sociais. "Percebemos que houve uma polarização e intolerância nas redes sociais. E houve um alto número de jovens que temem uma repercussão negativa e preferem se calar, para evitar críticas. Por isso trouxemos a empatia dentro do tema, para que nos coloquemos no lugar do outro", afirmou o diretor-presidente.

No R.I.A, o primeiro painel nomeado de "Mais empatia, por favor" teve a presença do fundador do UnCollege, projeto que defende o aprendizado de forma independente, diferente dos metódos tradicionais. Dale Stephens contou sobre a história da iniciativa e de como pediu aos pais para abandonar a escola ainda aos 13 anos; Monique Evelle é criadora do Desabafo Social, uma rede que atua na área de Direitos Humanos; Marcia Tiburi é doudora em filosofia e trouxe para a palestra algumas definições sobre o que é empatia; a moderadora da conversa foi a escritora, roteirista, apresentadora e bacharel em Física Nuclear, Rosana Hermann, que afirmou "aprender a aprender e não apenas focar em apenas um setor", para ela, essa seria a chave para os jovens que desejam empreender.

No evento também foi divulgado o documentário "Juventude Conectada", dirigido por Luiz Bolognesi. O diretor comentou que para o filme foram procurados diversos jovens que tem um papel de protagonismo e ativismo social. Segundo ele, a revolução digital é concreta. "As ferramentas tecnológicas ajudaram na autonomia de emancipação e luta. As pessoas estão mais articuladas e amparadas pelo acesso digital. Se antes a falta de dinheiro impedia um encontro, por causa dos custos com transporte, agora a reunião pode ser feita de forma online. A tecnologia é um divisor de águas" afirmou o diretor.

Fundação Telefônica Vivo
Com uma rede formada por outras 17 fundações presentes da Europa e América Latina, integrantes do Grupo Telefônica, a  Fundação Telefônica Vivo desenvolve, desde 1999 no Brasil, projetos que utilizam a tecnologia para estimular o empreendedorismo social.


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