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Maior congresso de oncologia traz pesquisa brasileira sobre benefícios de medicamento para câncer de próstata

Paulo Lages, da Oncoclínicas Brasília, apresenta estudo sobre a eficácia do Acetato de Leuprorrelina no tratamento de pacientes com o tumor

Publicado em: 03/06/2024 19:45

 (Foto: Reprodução/TV Brasil)
Foto: Reprodução/TV Brasil
Um estudo mostrou-se eficaz quanto ao uso de um medicamento já conhecido, o Acetato de Leuprorrelina, para pacientes brasileiros com câncer de próstata. Os resultados desta pesquisa serão apresentados no maior congresso de oncologia do mundo, o Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), que acontece em Chicago até 4 de junho.

“Um dos grandes diferenciais deste estudo é a testagem da eficácia dessa medicação em uma população miscigenada, como a brasileira. Já havia dados robustos dos benefícios da Leuprorrelina, porém nenhuma pesquisa havia sido feita em uma população tão heterogênea como a nossa. Agora, temos a confirmação de que essa droga funciona para os pacientes brasileiros, o que traz uma tranquilidade adicional ao médico no momento do uso desse medicamento”, afirma o oncologista da Oncoclínicas Brasília, Paulo Lages.

O estudo foi liderado por Paulo Lages e analisou retrospectivamente os dados de 1.744 exames de 240 pacientes acompanhados por médicos da Oncoclínicas Brasília, entre 2019 e 2023. 

O Acetato de Leuprorrelina é um medicamento que age como agonista do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH), utilizado na terapia de privação androgênica (ADT). 

“Essa terapia é a base do tratamento sistêmico do câncer de próstata, pois suprime a produção de testosterona, hormônio que pode estimular o crescimento desse tumor. 98,7% dos testes mostraram níveis de testosterona abaixo de 50 ng/mL, e 84,7% mostraram níveis abaixo de 20 ng/mL, indicando uma supressão eficaz da testosterona”, explica o oncologista. 

Ainda de acordo com o pesquisador, o resultado reforça a eficácia e a segurança do tratamento. 

“Apesar de ser uma conclusão esperada, no sentido de ter se mostrado uma droga bastante eficaz, é importante lembrar que, dentro da oncologia, já aconteceu mais de uma vez de uma medicação funcionar bem em uma população e não tão bem para outra. Portanto, diante de um país altamente miscigenado como o Brasil, o estudo de vida real, reiterou a eficácia da droga”, finalizou o oncologista da Oncoclínicas Brasília. 

A pesquisa contou com a colaboração de diversos médicos da Oncoclínicas. Daniel Vargas Pivato de Almeida, Guilherme Augusto Zulli, Paulo Gustavo Bergerot, Michelle Barbosa, Flavio Mavignier Carcano, e Anita Chavez Azevedo. 

“A pesquisa clínica e a educação são instrumentos essenciais para tornar a saúde acessível a todos, independentemente dos limites territoriais. A Oncoclínicas vem avançando a passos largos para, de fato, contribuir nessa equação. Nesta edição da ASCO, contaremos com uma delegação de mais de 100 especialistas, que compartilharão conhecimento com a comunidade oncológica mundial na busca pelas melhores alternativas de cuidado para vencer o câncer”, afirma Bruno Ferrari, fundador e CEO da Oncoclínicas&Co.

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